O Planeta Gibi obteve esses dados pesquisando o banco de dados do jornal Folha de S.Paulo. Até 31 de dezembro de 1959, havia três versões desse jornal: Folha da Manhã, Folha da Tarde e Folha da Noite.
E foi na Folha da Tarde de 18 de julho de 1959 que saiu a primeira HQ de Mauricio de Sousa: uma tira com Bidu e Franjinha (abaixo).
Em janeiro de 1960, as três versões foram fundidas e surgiu a Folha de S.Paulo. Bem depois, a empresa relançou o jornal Folha da Tarde, que circulou entre 1967 e 1999.
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18/7/1959: primeira aparição de BIDU E FRANJINHA
O começo de tudo: Bidu e Franjinha na (hoje) histórica gag da Folha da Tarde (atual Folha de S.Paulo).
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16/12/1959: estreia da tira diária BIDU E FRANJINHA
Estreia da tira Bidu e Franjinha na Folha da Manhã (atual Folha de S.Paulo). No dia anterior, esse espaço anunciava a novidade.
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23/1/1960: primeira aparição do TITI
Estreia do Titi. Seu nome seria mencionado pela primeira vez na tira do dia 5 de março de 1960 da HQ seriada O Castelo dos Monstros.
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6/2/1960: primeira aparição do MANEZINHO
Estreia do Manezinho (no cantinho do primeiro quadro). Seu nome só seria mencionado quase um mês depois, em 3 de março de 1960, nessa mesma HQ seriada, O Castelo dos Monstros. Manezinho, Titi e os protagonistas apareceriam ao longo de toda essa sequência de tiras, que finaliza em 22 de março de 1960, quando ocorre a primeira aparição dos pais (sem a mãe) de Titi e Manezinho.
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18/2/1960: primeira aparição do PITECO
Piteco estreou nesta gag da Folha. Seu nome não é mencionado.
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19/2/1960: primeira aparição da THUGA
Thuga estreia já na segunda aparição de Piteco, sem ter o nome mencionado. E ela (com os cabelos de volta!) contracenaria com seu eterno pretendente em quase todas as seis gags que compuseram essa série.
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23/2/1960: primeira aparição do FRANK
Frank estreia aqui. Seu nome seria mencionado na tira do dia seguinte. Com sua típica camisa listrada, ele também apareceria na gag da página de abertura do caderno Ilustrada.
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25/2/1960: lançado o gibi ZAZ-TRAZ #1
Anunciado o lançamento da revista ZAZ-TRAZ (#1), a pioneira a trazer HQs de Mauricio.
Jeremias, Humberto e os pais do Franjinha estrearam em ZAZ-TRAZ #1.
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17/3/1960: lançado o gibi BIDU #1
É anunciado o lançamento de BIDU #1, o primeiro gibi com HQs de Mauricio, exclusivamente. Publicados pela editora Continental, ZAZ-TRAZ e BIDU duraram poucas edições.
Curiosamente, muitas das produções exibidas nos últimos números desses gibis eram, na verdade, HQs que já haviam sido publicadas em tiras sequenciais diárias na Folha.
Algumas dessas histórias foram recriadas pela MSP e publicadas pela Editora Abril a partir de 1970 no gibi MÔNICA.
Em setembro de 2015, a Panini lançou em capa dura o especial COLEÇÃO HISTÓRICA MAURICIO — BIDU E ZAZ TRAZ compilando a íntegra do material de Mauricio publicado nessas revistas.
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19/3/1960: primeira aparição do CEBOLINHA
Primeiríssima aparição do Cebolinha (na gag da página de abertura do caderno Ilustrada, da Folha de S.Paulo). Seu nome não é mencionado.
Alguns dias depois seria lançado o gibi ZAZ-TRAZ #2, com a estreia do personagem numa HQ, Concurso de Robustez Canina! — Aventura com Bidu e Franjinha!, com Bidu, Franjinha, Manezinho, Jeremias, Titi, Humberto e Cebolinha. Apesar de ter papel decisivo na história (de cinco páginas), Cebolinha não tem seu nome mencionado. A grande curiosidade é que os erros de sua fala não se limitavam à troca do "R" pelo "L", sendo similares aos de uma criança pequena. De fato, ele era desenhado aparentando ser bem mais novo do que os outros personagens da turma do Franjinha.
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11/2/1963: primeira aparição da MÔNICA
Primeiríssima aparição da Mônica (apenas nessa ilustração na capa do jornal Folha de S.Paulo). Seu nome não é mencionado.
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17/2/1963: primeira aparição da MAGALI
Primeiríssima aparição da Magali. Trata-se de uma HQ seriada, publicada em tiras por vários dias. Seu nome não é mencionado.
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3/3/1963: primeira HQ da MÔNICA
A estreia da Mônica em HQ ocorreu na tira diária do Cebolinha, que era publicada logo abaixo da tira de Bidu e Franjinha. Naquele mesmo dia, repare na imagem, Magali fazia outra aparição (na HQ seriada que mencionamos no tópico anterior). Mônica tampouco teve seu nome mencionado em sua primeira HQ, como constata-se aqui.
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★ Fonte: Banco de Dados Planeta Gibi, divulgação.
★ Reprodução de artes e fotogramas: para fins de divulgação. Artes e personagens são de propriedade de seus criadores/licenciadores.
★ Sinopses (em azul e itálico) e informações sobre preço de capa e estrutura da edição são dados divulgados pelas editoras.
★ Observações entre colchetes: são dados não oficiais atribuídos pelo Planeta Gibi para fins de colecionismo.
★ Publicado originalmente em 10/jul/2019 (incluindo uma exposição de 50 anos da MSP, agora suprimida).
★ Atualizado pela última vez em 10/mai/2024.
O nosso gênio dos quadrinhos!!! Parabéns Maurício de Sousa!!!
ResponderExcluirSó uma correção, a Folha da Tarde não se tornou a Folha de São Paulo, mas sim foi um jornal próprio até 1999, quando deu lugar para o Agora São Paulo... Foram as folhas da Manhã e da Noite que se fundiram
ResponderExcluirOi, Rafael. AS três Folhas se fundiram em 1º de janeiro de 1960. Em 1967, a Folha da Tarde voltou a circular. Nos anos 1980, ela virou um hit do deboche com a coluna de Carlos Brickman e, se não me engano, sob direção do Adilson Laranjeira. A seção de cartas era mais divertida que a (então) revista Mad. No caderno de cultura destacava-se a coluna de Ferreira Netto (falando basicamente de televisão) e foi nele que despontou um certo Leão Lobo, que então tinha um perfil inversamente oposto ao popular atual (quando ele saiu da Folha, foi justamente Silvio Santos, um dos apresentadores que ele criticava, que lhe estendeu a mão e o levou para o tal Show de Calouros).
ExcluirAbs.
Vale ressaltar que, na segunda metade dos anos 80, a Folha da Tarde trazia toda a sexta-feira em seu caderno cultural uma página inteira, e em cores, dedicada a artigos e reportagens sobre HQs - uma verdadeira referência para os colecionadores e pesquisadores de quadrinhos de então.
ExcluirExato. É uma pena que a FSP aparentemente tenha abandonado o projeto de disponibilizar o acervo de seus outros jornais.
ExcluirAbs.
Edenilson
Sensacinal, tentarei prestigiar!
ResponderExcluirQual foi a estreia do Jeremias?
ResponderExcluirEm Zaz Traz #1.
ExcluirParabéns pela matéria. Vocês merecem um prêmio, pois nenhum livro biográfico contou exatamente isso. E creio que não foi maldade dos demais omitirem essas informações, é que simplesmente a MSP parece que decide qual versão propagar na mídia, daí a mídia pega as informações e propaga. A real é que muita coisa ainda não se sabe sobre isso. Será que seria interessante mesmo saber? Eu acho melhor não. Acho que Mauricio vem sendo muito cheio de história e não venho acreditando muito nesses Históricos, não. Ninguém constrói algo só com feitos, flores e alegrias. Quero mais é saber do lado mau. Mas creio que isso não saberei nunca. O Mauricio versão inteligente, visionário e batalhador já me saturou.
ResponderExcluirlegal!!!
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