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11 de julho de 2019

As verdadeiras estreias de Cebolinha, Magali, Piteco...

Cebolinha, Magali, Piteco... esses astros da Turma da Mônica surgiram antes (bem antes, no caso da Magali) do que se costuma ler em artigos da própria MSP. 

Veja abaixo uma sequência de estreias curiosas, com pesquisa do Planeta Gibi no banco de dados do jornal Folha de S.Paulo. Foi em uma das publicações precursoras da Folha que, em 18 de julho de 1959, saiu a primeira HQ de Mauricio de Sousa, uma tira com Bidu e Franjinha.

Veja também informações sobre a exposição Olá, Mauricio!, que entra em cartaz em São Paulo nos próximos dias comemorando os 60 anos de carreira do cartunista.




18 de julho de 1959 • A primeira tira: Bidu e Franjinha estreiam na Folha da Tarde (atual Folha de S.Paulo)



16 de dezembro de 1959 • Estreia da tira Bidu e Franjinha na Folha da Manhã (atual Folha de S.Paulo). No dia anterior, esse espaço anunciava a novidade



23 de janeiro de 1960 • Estreia do Titi. Desde janeiro daquele ano, os jornais Folha da Manhã, Folha da Tarde e Folha da Noite haviam sido fundidos na Folha de S.Paulo



6 de fevereiro de 1960 • Estreia do Manezinho (no cantinho do primeiro quadro). Ele, Titi e os protagonistas apareceriam ao longo de toda essa sequência de tiras



18 de fevereiro de 1960 • Piteco estreou nesta gag da Folha



19 de fevereiro de 1960 • Thuga estreia já na segunda aparição de Piteco. E ela (com os cabelos de volta!) contracenaria com seu eterno pretendente em quase todas as seis gags que compuseram essa série



23 de fevereiro de 1960 • Frank (ou um precusor dele) estreia aqui. Com sua típica camisa listrada, ele também apareceria na gag da página de abertura do caderno Ilustrada



25 de fevereiro de 1960 • Primeira vez que é anunciada a revista ZAZ-TRAZ (#1), a pioneira a trazer HQs de Mauricio



17 de março de 1960 • É anunciado o lançamento da primeira edição de BIDU, o primeiro gibi com HQs de Mauricio, exclusivamente. Publicados pela editora Continental, ZAZ-TRAZ e BIDU duraram poucas edições. Em setembro de 2015, em um meticuloso trabalho de garimpagem e restauração dirigido por Sidney Gusman, a Panini lançou em capa dura o especial COLEÇÃO HISTÓRICA MAURICIO — BIDU E ZAZ TRAZ compilando a íntegra do material de Mauricio publicado nessas revistas. Curiosamente, muitas das produções publicadas nos últimos números desses gibis foram, na verdade, a compilação das séries de tiras que já tinham saído na Folha. Algumas dessas histórias foram recriadas e publicadas pela Editora Abril a partir de 1970 no gibi MÔNICA (que em breve completará 600 edições e, em 2020, comemorará 50 anos de circulação ininterrupta)



19 de março de 1960 • Primeiríssima aparição do Cebolinha (na gag da página de abertura do caderno Ilustrada, da Folha de S.Paulo). 

Alguns dias depois seria lançado o gibi ZAZ-TRAZ #2, com a estreia do personagem em uma HQ, Concurso de Robustez Canina! — Aventura com Bidu e Franjinha!, com Bidu, Franjinha, Manezinho, Jeremias, Titi, Humberto e Cebolinha. Apesar de ter papel decisivo na história (de cinco páginas), Cebolinha não tinha seu nome revelado. A grande curiosidade é que os erros de sua fala não se limitavam à troca do "R" pelo "L", sendo similares aos de uma criança pequena. De fato, ele era desenhado aparentando ser bem mais novo do que os outros personagens da turma do Franjinha



11 de fevereiro de 1963 • Primeiríssima aparição da Mônica (na capa do jornal Folha de S.Paulo)



3 de março de 1963 • Muita gente já viu essa tira, que marca a estreia da Mônica em uma HQ. Mas alguém havia reparado que no mesmo dia e bem acima dela estava a Magali? Ou seja, a personagem surgiu bem antes da data que costumamos ver em edições históricas (1964). Curiosamente, nenhum desses hoje astros incontestáveis da MSP (Mônica, Cebolinha, Magali, Piteco...) tiveram seus nomes revelados em suas tiras ou gags de estreia



Exposição Olá, Mauricio!
Curadoria de Jacqueline Mouradian
Período: de 17 de julho a 15 de dezembro de 2019
Horários: terça a sábado, das 10 às 22h; domingos, das 10 às 20h
Local: Espaço de Exposições do Centro Cultural Fiesp
Endereço: Avenida Paulista, 1313, Metrô  Trianon-Masp

Classificação indicativa: livre
Entrada gratuita.


O Centro Cultural Fiesp divulga ainda: A mostra também traz novos quadros da coleção História em Quadrões, que exibe releituras das mais importantes e conhecidas pinturas de artistas mundialmente consagrados. O projeto tem importante papel na disseminação e popularização da história da arte e das histórias em quadrinhos no Brasil e no exterior. A exposição traz ainda surpresas, curiosidades e até um Bidu reproduzido da primeira tirinha de jornal, publicada em 18 de julho de 1959, no jornal Folha da Tarde.



★ Fonte: Banco de Dados Planeta Gibi.
★ Reprodução de artes e fotogramas: feita apenas para fins de divulgação. Artes e personagens são de propriedade de seus criadores/licenciadores. A qualidade gráfica aqui exibida é inferior à original. 
 Sinopses (em azul e itálico) e informações sobre preço de capa, estrutura do título e da edição, extensão prevista de um título ou de uma coleção: são dados divulgados pelas editoras.
★ Observações entre colchetes: são dados atribuídos pelo Planeta Gibi somente para fins de colecionismo.
★ Colaboração: o Planeta Gibi colabora com as publicações Disney da Culturama traduzindo, escrevendo artigos e prestando assessoria com base em nosso acervo e banco de dados.
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★ Dúvidas e sugestões: escreva para o editor do Planeta Gibi Blog.
★ Publicado originalmente em 10/jul/2019.
★ Atualizado pela última vez em 11/jul/2019.



7 comentários:

  1. O nosso gênio dos quadrinhos!!! Parabéns Maurício de Sousa!!!

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  2. Só uma correção, a Folha da Tarde não se tornou a Folha de São Paulo, mas sim foi um jornal próprio até 1999, quando deu lugar para o Agora São Paulo... Foram as folhas da Manhã e da Noite que se fundiram

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    Respostas
    1. Oi, Rafael. AS três Folhas se fundiram em 1º de janeiro de 1960. Em 1967, a Folha da Tarde voltou a circular. Nos anos 1980, ela virou um hit do deboche com a coluna de Carlos Brickman e, se não me engano, sob direção do Adilson Laranjeira. A seção de cartas era mais divertida que a (então) revista Mad. No caderno de cultura destacava-se a coluna de Ferreira Netto (falando basicamente de televisão) e foi nele que despontou um certo Leão Lobo, que então tinha um perfil inversamente oposto ao popular atual (quando ele saiu da Folha, foi justamente Silvio Santos, um dos apresentadores que ele criticava, que lhe estendeu a mão e o levou para o tal Show de Calouros).

      Abs.

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    2. Vale ressaltar que, na segunda metade dos anos 80, a Folha da Tarde trazia toda a sexta-feira em seu caderno cultural uma página inteira, e em cores, dedicada a artigos e reportagens sobre HQs - uma verdadeira referência para os colecionadores e pesquisadores de quadrinhos de então.

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    3. Exato. É uma pena que a FSP aparentemente tenha abandonado o projeto de disponibilizar o acervo de seus outros jornais.

      Abs.

      Edenilson

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  3. Sensacinal, tentarei prestigiar!

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  4. Qual foi a estreia do Jeremias?

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