

Hoje, um exemplar de MICKEY #1 é comercializado por milhares de reais. E essa nem é sua edição mais rara: os colecionadores, em geral, pagariam mais ainda pelo #3 (o primeiro a trazer uma HQ com Mickey, numa edição especial de Natal com o dobro de páginas). Todos seus primeiros cem números, de fato, têm valor significativo no comércio de usados.
Ainda na década de 1950, o gibi já começaria a destacar HQs de mistério, inclusive aquelas da dupla Carl Fallberg & Paul Murry — que dominariam o título na década de 1960, sobretudo.
Mas foi nas páginas de MICKEY, também, que o leitor brasileiro viu pela primeira vez grandes clássicos da HQ, como O Trenzinho da Alegria, de Carl Barks — considerada por muitos a melhor história de Natal já produzida. (A propósito, cabe aqui uma nota: a Abril vem repetindo nas seções cartas destes meses que A OBRA COMPLETA DE CARL BARKS ganhará reedição de luxo em 2014.)
Foi ali que surgiu um protótipo de Superpateta, o Capitão Bordoada, desenhado por Tony Strobl (#84, out/59) e viu-se as três origens do atrapalhado herói, todas desenhadas por Murry.
E também cedeu espaço para capítulos de grandes sagas, como A História e Glória da Dinastia Pato e A História de Patópolis.

Comparando o formato inicial (MICKEY #4, jan/53) com o atual: as mesmas 52 páginas. Nesses 60 anos, no entanto, o gibi teve quantidades variadas de páginas em suas edições não especiais, de 36 a 84. Quanto à periodicidade, foi mensal na maior parte do tempo, circulando quinzenalmente em duas ocasiões
Desdobrou-se em especiais, seguindo a onda das enciclopédias ilustradas (Manual do Mickey, 1973), e o catatau FESTIVAL DISNEY (1973; mais tarde considerado pela Abril como uma mera edição de um título periódico), o canhestro MICKEY ATRAVÉS DOS SÉCULOS (1976), um dos quatro volumes da célebre série especial em capa dura branca (1977), o formidável MICKEY DE OURO (1979, que ganharia um similar trinta anos depois, com AS GRANDES AVENTURAS DO MICKEY), SESSENTA ANOS MICKEY (1988, em três volumes), MICKEY EM INGLÊS! (1989), 50 ANOS DA REVISTA MICKEY (2002), MICKEY 75 ANOS (2003), o recente EPIC MICKEY (2011), além de edições promocionais dos sabões em pó Rinso (1971) e Omo (1979), do creme dental Colgate (1981) e do iogurte Chambinho (1993).
E em séries paralelas, como EDIÇÃO EXTRA (surgida em 1972, como edição especial de MICKEY, MICKEY EXTRA e MICKEY ESPECIAL), CLUBE DO MICKEY (1979-80), ALMANAQUE DO MICKEY (1986-96 e uma segunda série, inciada em 2010 e já na décima edição), ALMANAQUE MICKEY E PATETA (1989-90), o malfadado MICKEY X (2003), MICKEY FÉRIAS (circulando desde 2008), MICKEY EXTRA! (desde 2009) e PURA RISADA COM MICKEY (2010-11).

MICKEY #841
Editora Abril — lançamento em 5/out/12
mensal, 52 páginas cor, formato 13,4 x 19 cm, R$ 3,20
distribuição setorizada
capa: Corrado Mastantuono
A Ilha de Bombracem
De Bruno Sarda (roteiro) e Massimo De Vita (desenhos)
Itália, 2011, 30 páginas, ITL2923-1
A Rebelião dos Replicantes
De Paul Hallas (roteiro) e Jorge David Redo (desenhos)
Dinamarca, 2008, 16 páginas, D2005-020
EM NOVEMBRO:
>>> Compre estas e outras edições de MICKEY aqui, no Planeta Gibi Comic Shop
MICKEY foi lançada pela Editora Abril em out/52. Acaba de completar 60 anos, portanto, confirmando o honrado posto de segundo gibi brasileiro mais antigo em circulação (o primeiro é O PATO DONALD). Possui uma notável legião de colecionadores, atraídos sobretudo pela mítica raridade das cem primeiras edições.
Por E. Rodrigues & Rivaldo Ribeiromensal, 52 páginas cor, formato 13,4 x 19 cm, R$ 3,20
distribuição setorizada
capa: Corrado Mastantuono
A Ilha de Bombracem
De Bruno Sarda (roteiro) e Massimo De Vita (desenhos)
Itália, 2011, 30 páginas, ITL2923-1
A Rebelião dos Replicantes
De Paul Hallas (roteiro) e Jorge David Redo (desenhos)
Dinamarca, 2008, 16 páginas, D2005-020
EM NOVEMBRO:

MICKEY #842
Editora Abril — lançamento em 5/nov/12
mensal, 52 páginas cor, formato 13,4 x 19 cm, R$ 3,20
distribuição setorizada
capa: Lorenzo Pastrovicchio (ideia e desenho) e Casty (cores)
Os Segredos da Área 52
mensal, 52 páginas cor, formato 13,4 x 19 cm, R$ 3,20
distribuição setorizada
capa: Lorenzo Pastrovicchio (ideia e desenho) e Casty (cores)
Os Segredos da Área 52
De Casty (roteiro) e Lorenzo Pastrovicchio (desenhos)
Itália, 2012, 34 páginas, ITL2952-1
Um Caso por Acaso
De Maya Åstrup (roteiro) e Xavier Vives Mateu (desenhos)
Dinamarca, 2010, 6 páginas, D2009-067
O Rei da Sucata
De Stefan Petrucha (roteiro) e Xavier Vives Mateu (desenhos)
Dinamarca, 2010, 6 páginas, D2009-037
Editor: Paulo Maffia
Itália, 2012, 34 páginas, ITL2952-1
Um Caso por Acaso
De Maya Åstrup (roteiro) e Xavier Vives Mateu (desenhos)
Dinamarca, 2010, 6 páginas, D2009-067
O Rei da Sucata
De Stefan Petrucha (roteiro) e Xavier Vives Mateu (desenhos)
Dinamarca, 2010, 6 páginas, D2009-037
Editor: Paulo Maffia
>>> Compre estas e outras edições de MICKEY aqui, no Planeta Gibi Comic Shop
MICKEY foi lançada pela Editora Abril em out/52. Acaba de completar 60 anos, portanto, confirmando o honrado posto de segundo gibi brasileiro mais antigo em circulação (o primeiro é O PATO DONALD). Possui uma notável legião de colecionadores, atraídos sobretudo pela mítica raridade das cem primeiras edições.
A revista Mickey chega aos 60 anos sem uma edição comemorativa para a data, o que, infelizmente já era esperado. Claro que os fãs comemoram de qualquer forma, eu também fico muito contente pela ocasião. Parabéns ao Mickey por sua trajetória nas páginas de sua revista brasileira. Vida longa aos Quadrinhos Disney...
ResponderExcluirO Mickey dos quadrinhos, com suas histórias detetivescas ou aventureiras, é um marco que merecia pelo menos uma edição comemorativa desse jubileu de sessenta anos. Se a Abril nada faz, pelo menos nós, leitores, podemos comemorar relendo histórias memoráveis de nossos gibis que guardamos com carinho. A você, Mickey, parabéns e obrigado pelos anos de entretenimento e diversão.
ResponderExcluirSe eu fosse um personagem, não gostaria de ser lembrado através de reclamações. Uma coisa que todo fã do Mickey pode fazer é comprar seu material, LER COM GOSTO e dizer o que sentiu nas redes sociais. Se cada pessoa fizer sua parte, poderemos não ter uma mudança na editora nesse sentido, mas, com certeza, estaremos espalhando cada vez mais pontos positivos a respeito do personagem e sua revista.
ResponderExcluirÉ o que penso.
Vida longa aos Quadrinhos Disney...[2] e também ao gibi do MICKEY...sempre gostei do gibi por trazer HQs do Mickey policial/Detetive!;)
ResponderExcluirEra pra ter uma nota no gibi pelo menos na seção de carta sobre os 60 anos de publicação no Brasil!:p
"(A propósito, cabe aqui uma nota: a Abril vem repetindo nas seções cartas destes meses que A OBRA COMPLETA DE CARL BARKS ganhará reedição de luxo em 2014.)"
ResponderExcluirBom... espero ansioso por essa coleção, apesar de que a setorização esculhambou minha, agora fragmentada, coleção de Disney Big.
Será que conseguirei comprar todos os exemplares sem precisar pagar mais caro em lojas virtuais?
Belo post.
ResponderExcluirIa ser fantástico ter uma foto com essas importantes edições citadas na matéria. (ou será que o blog não tem todas? hehehe)
Uma pena que não rolou uma comemoração especial tal qual foi com Mickey 575 em Outubro de 1997 onde se comemorou 45 anos de revista com uma HQ toda especial:
ResponderExcluirhttp://coa.inducks.org/issue.php?c=br%2FMK++575
A ocasião merecia uma comemoração...
Tb concordo com uma comemoração especial. Fica a sugestão ABRIL.
ResponderExcluirChamou-me a atenção essa HQ do Mickey com a área 52. Em uma HQ do TP desse mês, tb se fala na área 51 e em outra, que não recordo agora mas se chama 52 ou 61. Interessante se fosse a mesma, rsrs
Se a Abril deixar passar em branco (embora manifestou que não deixaria) será por livre e espontânea vontade pois os leitores tem avisado há mais de um ano.
ResponderExcluirA série Mickey Através dos Séculos não é de se jogar fora. Foi, praticamente, o único trabalho (em quadrinhos) do elegante desenhista Pierre Nicolas pra Disney. Me refiro ao traço, é claro. Não conheci o guarda-roupa dele.
Foram vinte anos só desenhando essa série. O Brasil só publicou um aperitivo. Durante os anos 70, a França republicou alguns episódios em compilações na tentativa de emular álbuns do estilo Asterix. Se a Abril tivesse seguido aquela linha, não duvido que tal coleção fosse valiosa e disputada, hoje em dia.
http://coa.inducks.org/publication.php?c=fr%2FMTS&pg=img&num=1
Triste essa data passar batida.
ResponderExcluirO que a Abril devia fazer era aumentar logo a quantidade de páginas da revista. Mickey é o personagem/título que mais sofre com as risíveis 50 páginas mensais. Ele é um personagem de aventuras longas, tramas extensas, e não de tapa-buracos bobinhos dinamarqueses... Ainda bem que Casty, Tio Jeremias, Cavazzano e mais algumas coisas vêm mantendo a dignidade do gibi.
Mickey é um personagem incrível, sua revista devia ser mais valorizada. Acho péssimo a Abril não revitalizar as sucateadas revistas mensais, as mais importantes da linha Disney.
As mensais têm uma atenção imensa da editora, com seleções muitíssimo acima da média. Sucateadas onde?
ResponderExcluirE.Rodrigues
Acho sucateadas pela quantidade irrisória de páginas, Edenilson... Não dá para colocar nada extenso que "quebra" em mais de uma edição (ainda se elas fossem quinzenais, sem problema, mas é torturante esperar meses por uma única história de 50 páginas), não dá para inovar com frequência porque o espaço só chega para os tapa-buracos (ainda bem que agora está saindo Faccini!), e, em meio a trocentas edições convidativas de milhões de páginas, as mensais continuam pobres e magrinhas... Conheço uma infinidade de leitores/compradores que nem se digna a olhá-las, já que o custo benefício dos especiais/Bigs é muito, muito maior (para eles).
ResponderExcluirPor mim, falando como leitor/colecionador, essas revistas de inéditas tipo Horror e Faroeste, apesar de bacaníssimas, nem existiriam. Simplesmente as mensais ficariam mais encorpadas e com isso a linha Disney ficava fortalecida...
Não podemos nos esquecer que o roteirista Carl Fallberg (que trabalhou tanto com os quadrinhos da Disney e da Hanna-Barbera) também trabalhou como diretor de roteiros em várias séries animadas da Hanna-Barbera.
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