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22 de fevereiro de 2019

TIO PATINHAS #638 (Culturama #0) — Março de 2019

Confira abaixo imagens de todas as HQs da edição de retomada do gibi TIO PATINHAS pela Editora Culturama. O lançamento oficial acontece em março.

Leia também um pouquinho sobre o personagem (e sua família, seus amigos e seus oponentes) e um breve histórico do gibi.






TIO PATINHAS #638 (CULTURAMA #0)
Publicação mensal, formato 13,4 x 19,5 cm, 64+4 páginas, lombada canoa, capa couché, miolo offset cor, R$ 6,00.

• Tradução das HQs: Rivaldo Ribeiro e Edenilson Rodrigues (Planeta Gibi).

• Miriam Mac Gold junta-se à lista de pretendentes do velho muquirana (ao lado de Dora Cintilante, Brigite e Pata Ricarda). A personagem faz sua estreia no Brasil numa história excepcional, O Grande Amor do Rio Patinhas, roteirizada por Bruno Concina e desenhada pelo mestre Giorgio Cavazzano (em sua fase de traço mais clássico, que acabou influenciando boa parte dos quadrinistas italianos).

O Papel do Dinheiro apresenta temática contemporânea ao tratar de dinheiro virtual. Será que Tio Patinhas vai embarcar nessa?

• Maga Patalójika ataca novamente em O Violino Enfeitiçado, HQ dinamarquesa com o traço sempre harmonioso (e barksiano) de Peinado.

• Em Ouro Esquecido, Tio Patinhas desloca-se com Donald até o norte da Califórnia em uma aventura que evocará o passado.


 

 




◼ TIO PATINHAS, O PERSONAGEM

Tio Patinhas estreou em 1947 na HQ Natal nas Montanhas, de Carl Barks, sendo o único personagem do primeiro time da Disney a ter surgido em uma história em quadrinhos. Para criá-lo, Barks inspirou-se não só na obra de Charles Dickens mas também em um personagem, cujo nome nunca é citado, que ao longo de todo o cartoon The Spirit of ’43 tenta convencer Donald a poupar para pagar os impostos nos difíceis tempos de guerra. Barks pode ter integrado sua equipe criativa, já que até aquele ano ele havia trabalhado em dezenas de animações estreladas por Donald, mas nenhum compêndio oficial da Disney dá créditos detalhados dessa animação dirigida por Jack King.

Sua primeira (e rápida) aparição animada foi na memorável abertura do programa de TV Mickey Mouse Club (1955-59), quando saía de dentro do chapéu do Lobão. Depois, em 1967, estrelou o filmete educativo Tio Patinhas e o DinheiroEm 1983, em A Canção de Natal do Mickey, a Disney escalou todas suas estrelas para a adaptação de Um Conto de Natal, de Dickens. Tio Patinhas, naturalmente, faria o papel do personagem que lhe inspirara a criação. Em maio de 1987, a legião de fãs de Tio Patinhas teve que conter as lágrimas: não só ele dava as cartas no cartoon Louco por Futebol, como pela primeira vez uma animação o mostrava mergulhando e se deleitando na fortuna contida em sua Caixa-Forte — cujo exterior também era exibido pela primeira vez numa animação, assim como o Prof. Pardal e os Irmãos Metralha. Tudo isso, meses antes da estreia do seriado de TV DuckTales: Os Caçadores de Aventuras, um grande sucesso que em 2017 teve sua produção retomada com novas aventuras (um reboot, de fato), inclusive apresentando pela primeira vez Peninha em uma animação — sem falar da até então misteriosa mãe de Huguinho, Zezinho e Luisinho, Della "Dumbela" Pato.

Escocês, Patinhas McPato é filho de Fergus McPato. Sua irmã Matilda, segundo uma versão da célebre Árvore Patológica de Don Rosa, é casada com Ludovico Von Pato. Hortênsia, sua outra irmã, é casada com Patoso Pato, pais de Donald.

Além de seus incontáveis negócios, Tio Patinhas mantém um jornal, A Patada — onde, para poupar despesas, emprega Donald, Peninha e Margarida como repórteres. Nesse ponto, é concorrente direto de A Patranha, de seu arquirrival Patacôncio, que se reveza  na disputa com o muquirana pelo título de mais rico do mundo com outro personagem, o Pão-Duro McMoney (figura constante no seriado DuckTales).

Os 3 acres cúbicos de dinheiro contidos em sua Caixa-Forte atraem a cobiça dos Irmãos Metralha. Mas à temível feiticeira Maga Patalójika, que mora à beira do Vesúvio, interessa apenas sua moeda Número Um. O Prof. Pardal é constantemente acionado para inventar dispositivos que refreiem todas essas investidas.

No campo amoroso, Barks apresentou-lhe a charmosa Dora Cintilante (de quem acabou adotando a neta Pata Lee). O italiano Romano Scarpa pôs em seu caminho Brigite. E o americano Al Hubbard, a Pata Ricarda — ainda hoje presente em produções dinamarquesas e que chegou a ser mostrada, com outro nome, em uma animação feita para a televisão.

◼ TIO PATINHAS, O GIBI

TIO PATINHAS foi lançado pela Editora Abril entre dez/1963 e jul/2018 em 637 edições. Desde mar/2019, é lançado pela Culturama com numeração dupla (a partir do zero na capa e com numeração continuada no expediente). 

O gibi, talvez o mais incensado pelos colecionadores Disney, surgiu como uma edição avulsa de O PATO DONALD. A propósito disso, seus primeiros números o identificavam meramente como O PATO DONALD, tanto nos rodapés das páginas como no expediente. De periodicidade irregular, tornou-se mensal a partir do #10 (mai/1966). Intitulado formalmente ALMANAQUE TIO PATINHAS até o #63 (out/1970), somente perdeu o prenome quando a Editora Abril decidiu lançar o ALMANAQUE DISNEY, em dez/1970, que levou dele sessões como Maravilhas da Natureza e Zoo Disney

Há duas edições #9. Ambas com o mesmo miolo, a primeira trazia na capa Tio Patinhas desenhado ao lado de uma fotografia de duas crianças. Tal edição foi recolhida e é a mais rara de toda a coleção. A Editora Abril não possui nenhum registro do motivo dessa ocorrência. Também existem duas edições #63. Uma delas traz encadernada em seu miolo um suplemento de propaganda de caderneta de poupança produzido pela Abril estrelada por Tio Patinhas, Donald e sobrinhos. Tal suplemento também teve distribuição avulsa e gratuita em agências bancárias, mas a peça encartada em alguns exemplares de TP #63 traz um prefácio exclusivo de duas páginas de quadrinhos.

Do final dos anos 1960 a meados dos 70, TIO PATINHAS foi a revista brasileira de maior circulação paga, eventualmente superando os 500 mil exemplares por mês. Tais números permanecem até hoje inatingidos no país por qualquer outra revista em quadrinhos com circulação auditada. 

No #175 (fev/1980), assim como ocorreu com quase todos os gibis da Abril, TIO PATINHAS perdeu 2 cm e passou a circular em formatinho. Seu logotipo foi alterado pela primeira vez no #200 (fev/1982). Em 1981 e 82, o gibi circulou 13 vezes, com edições extras lançadas em dezembro de cada ano. A edição #190 (mai/1981) foi impressa com duas capas diferentes: uma delas trazia chamada para o suplemento A Patada, que foi distribuído apenas em algumas cidades. O mesmo ocorreu com a edição seguinte e, na história do gibi, com outras edições que promoveram ações publicitárias locais.

Em out/1994 (edição #351), um choque: pela primeira vez TIO PATINHAS circulou sem sua tradicional lombada quadrada. O miolo passou a ser impresso em papel couché e algumas HQs trouxeram um colorido especial, similar ao visto na histórica PATO DONALD #1470 (jan/1980) e nas edições de PATO DONALD ESPECIAL (1989-92). A experiência durou quase dois anos. Em set/1996, o #374 retomou não só a lombada como as tradicionais 100 páginas. Esta fase inclui algumas das edições mais raras da coleção e é aquela em que o gibi teve mais variações em sua estrutura, chegando a circular até mesmo com 132 páginas, tanto em lombada quadrada como em lombada com grampos — que acabou prevalecendo até sua última edição pela Abril.

Em ago/2005, os títulos Disney passaram por uma total reforma. ALMANAQUE DISNEY deu lugar ao mais modesto AVENTURAS DISNEY; PATO DONALD, ZÉ CARIOCA e MICKEY tiveram suas estruturas, linhas editoriais e periodicidades alterados, e todos começaram a circular de forma setorizada — com as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste recebendo os gibis apenas depois da recolha nas bancas de Sul e Sudeste. TIO PATINHAS, que já circulava em lombada com grampos, teve sua estrutura reduzida de 100 para 84 páginas. A exceção foi o #500 (mar/2007), que teve o dobro de páginas e lombada quadrada. No início de 2013, o Planeta Gibi pediu à Abril que os 50 anos da revista não passassem em branco e sugeriu que a comemoração ocorresse dentro da coleção DISNEY TEMÁTICO. A ideia foi aprovada e no final daquele ano foram lançados dois volumes com 308 páginas inéditas cada um. As edições mensais de dez/2013 e de jan/2014 também celebraram o cinquentenário do gibi.

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★ Fontes: divulgação, Banco de Dados Planeta Gibi.
 Nota: O Planeta Gibi colabora com as publicações Disney da Culturama traduzindo, escrevendo artigos e prestando assessoria com base em nosso acervo e banco de dados.
 Dúvidas e sugestões: escreva para o editor do Planeta Gibi Blog.
 Publicado originalmente em 22/fev/2019.
★ Atualizado pela última vez em 22/fev/2019.




3 comentários:

  1. "Patinhas McPato", agora sim. Fim do bizarro e inexplicável "Patinhas McPatinhas" da tradução da Abril.

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  2. FINALMENTE! Agora, mais que nunca, uma nova geração de leitores pode criar vínculo com os quadrinhos da Disney. Meu filho de 7 anos já quer seus exemplares de cada título da Culturama...

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