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19 de julho de 2019

PATO DONALD #2485 e 2486 (Culturama #3 e 4) — Imagens e curiosidades

Veja abaixo imagens e detalhes de todas as HQs das edição #3 e 4 de PATO DONALD da Culturama. As revistas podem ser compradas em nossa lojacom os demais quatro títulos mensais, na caixa de colecionador .

Destaque para os 85 anos de Donald comemorados no #3 (incluindo Que Vida!, que recupera eventos da HQ publicada em PATO DONALD #2398 e que termina onde se desenrolará O Mestre do Tempo, de AVENTURAS DISNEY #4). 

Leia também algumas curiosidades sobre a Brutopia, uma crítica de Barks à União Soviética, ainda hoje usada nas HQs dinamarquesas para se referirem à Rússia.








PATO DONALD #2486 (CULTURAMA #4)
Publicação mensal, formato 13,4 x 19,5 cm, 64+4 páginas, lombada canoa, capa couché, miolo offset cor, R$ 6,00. Edição #1849.

• Tradução: Planeta Gibi.


  

• E se a Donald só restasse ir morar com os Irmãos Metralha? É essa situação surreal que Gaja Arrighini e Nicola Tosolini mostram em Os Hospitaleiros Metralhas.



• Os alienígenas Gong e Gung, que apareceram pela primeira vez na HQ O Ecopato (PATO DONALD #2388, Ed. Abril, 2010), voltam para dar uma... ajudinha, digamos assim... ao Donald em Imprevisões do Tempo. Criação de William Van Horn.



 

• Jogo Sujo na Brutopia, de Gorm Transgaard e Marco Rota, levam Donald ingenuamente para a "Brutopia", onde um certo "campeonato de futebol" mobilizou o mundo em 2018 (claro, uma referência à Copa do Mundo de 2018 na Rússia).

“Brutopia” é como Carl Barks se referiu à União Soviética na HQ O Elemento mais Raro do Mundo (A Cold Bargain) juntando as palavras “brute” e “utopia” para criticar o socialismo então vigente na URSS. O título original da história remetia à Guerra Fria. “Brutopia” ressurgiria em 1971 em uma HQ italiana escrita por Rodolfo Cimino e seria usada, pelo menos, em produções holandesas e dinamarquesas — nestas, com bastante frequência, como em uma trama da série Mistérios da Vovó Donalda (AVENTURAS DISNEY #5) e em uma HQ de Natal que estará em uma edição futura de PATO DONALD.

Uma curiosidade adicional: quando a HQ de Barks foi publicada pela primeira vez no Brasil, em PATO DONALD nº 342-344 (1958), a Editora Abril manteve a grafia inglesa sem nenhuma alteração, já que a associação pretendida pelo artista podia igualmente ser feita em português. Tempos depois, na edição da obra completa de Barks em O MELHOR DA DISNEY, nos anos 2000, a história foi retraduzida e recebeu um acento que lhe atrapalhou o sentido (“Brutópia”). Nas traduções para a Culturama, o Planeta Gibi devolveu a grafia e a intenção original à palavra. 




• Donald e Silva entram em uma disputa insana em O que Vem Fácil... A HQ também é de Van Horn.



PATO DONALD #2485 (CULTURAMA #3)
Publicação mensal, formato 13,4 x 19,5 cm, 64+4 páginas, lombada canoa, capa couché, miolo offset cor, R$ 6,00. Edição #1849.

• Tradução: Planeta Gibi.



• Uma Verdadeira Surpresa de Aniversário (Gorm Transgaard e Marco Rota) põe em xeque se alguém ainda se importaria com o aniversário de Donald. HQ produzida dentro das comemorações dos 85 anos do personagem. 



 

• Em Um Aniversário de Outro Mundo (Gorm Transgaard e Francisco Rodriguez Peinado) Donald pensa numa forma diferente de comemorar seu aniversário. Ecos de We Can Remember It for You Wholesale, conto de Philip K. Dick (1966) que gerou O Vingador do Futuro, filme de Paul Verhoeven estrelado por Schwarzenegger em 1990.


  

 Que Vida! (Pat e Carol McGreal, Giorgio Cavazzano) mostra (literalmente) reminiscências do Donald. 

Em cena, aquela invenção do Prof. Pardal, o Memestim 3000, surgida na HQ Em Algum Lugar do Passado, publicada originalmente em PATO DONALD #2398 (Ed. Abril, 2011) — edição que, dois anos depois, ganhou nova tiragem e uma nova tarja na capa (você pode adquirir essa versão em nossa loja).

Outra curiosidade de Que Vida! é que a espetacular HQ O Mestre do Tempo (AVENTURAS DISNEY #4) começa em seguida ao momento em que esta história aqui termina.




• Vagando por uma Vaga (Elena Galli e Enrico Faccini) fecha a edição.

Importante: as imagens acima estão em definição incomparavelmente inferior à das edições impressas (onde um ou outro ajuste final de texto também pode ter sido feito).

◼ PATO DONALD, O PERSONAGEM

O Pato Donald surgiu oficialmente em junho de 1934 no curta animado A Galinha Sábia. Antes disso, contudo, Walt Disney já tinha decidido colocar o personagem de pavio curto nos desenhos do Mickey em produção, tão certo estava de seu apelo junto à plateia.

O sucesso se repetiu nos quadrinhos, em tiras de jornais desenhadas por Al Taliaferro, que dotou Donald de características, elementos e personagens de apoio que em seguida seriam levados para os gibis — incluindo os então encapetados sobrinhos Huguinho, Zezinho e Luisinho, filhos de sua irmã Della "Dumbela" Pato.

Sua namorada é a Margarida, tia de Huguinho, Zezinho e Luisinho por parte de pai. Não raro, ela é cortejada descaradamente pelo sortudo ganso Gastão, primo de Donald também por parte de pai. 

Donald tem um carro de placa 313 e vive às turras com seu vizinho, o Silva. Seu cachorro é o Bolívar, um são-bernardo, e seu gato é o Ronrom — que costuma sofrer nas mãos do primo abilolado Peninha.

Peninha, por sinal, tem o mais endiabrado sobrinho dentre as crianças disneyanas, o Biquinho, e é muito próximo de Donald. Juntos, costumam ir até o Brejo das Urtigas visitar o Urtigão, acabando com a paz do quase eremita e de seu cachorro, o... Cão! Isso, quando Peninha não está bancando o herói fantasiando-se de Morcego Vermelho.

Donald é filho de Patoso (filho da Vovó Donalda, cujo sítio costuma reunir toda a família, incluindo o folgado primo Gansolino, que mora e, digamos, trabalha lá) com Hortênsia, irmã do quaquilionário Patinhas McPato, que sempre "convida" o sobrinho para suas aventuras e buscas de tesouros pelo mundo e, eventualmente, o emprega como repórter em seu jornal, A Patada

Mas, nem só de agruras e azares vive o querido e esquentado personagem: não raro ele se mascara de Superpato e vira o paladino de Patópolis, inclusive fazendo uso de apetrechos especialmente criados pelo genial cientista Prof. Pardal, grande amigo da Família Pato.

◼ PATO DONALD, O GIBI

PATO DONALD é o gibi com maior tempo de circulação no Brasil. Foi lançado pela Editora Abril entre jul/1950 e jul/2018 em 1845 edições (até o #2481) e, desde mar/2019, pela Culturama — com numeração dupla (a partir do zero na capa e com numeração continuada no expediente). 

A Abril o considera oficialmente sua primeira publicação (antes, em mai/1950, o editor Victor Civita lançara RAIO VERMELHO, mas como Editora Primavera).

O PATO DONALD estreou em formatão, tipo magazine. Em 1952, a partir do #22, adotou o formato de aproximadamente 13,5 x 21 cm, que acabou instituindo o jargão "formato Pato".

Em jan/1961, seu título na capa passou a se alternar semanalmente entre O PATO DONALD e O PATO DONALD APRESENTA ZÉ CARIOCA (ainda naquela década simplificado para ZÉ CARIOCA, que ficava com a numeração ímpar).

Em jan/1980, no #1470, ocorre uma revolução editorial: PATO DONALD ganha capa em papel couché (até então era impressa toda no miolo de papel didático) e tem o formato reduzido em 2 cm, inaugurando o popular "formatinho", logo adotado por outras publicações de quadrinhos, inclusive das demais editoras, como a RGE.

Na edição #1751, em 1985, PATO DONALD torna-se totalmente independente de ZÉ CARIOCA e tem sua primeira edição com número ímpar na capa desde 1960.

A partir do #2325, em sua última fase pela Abril, a revista ganha regularidade mensal e apresenta apenas HQs inéditas — inclusive as últimas histórias de Don Rosa ainda inéditas no Brasil. No fim de junho de 2018, a Abril antecipa o lançamento da edição do mês seguinte, #2481, em face à não renovação do contrato com a Disney após 68 anos de circulação ininterrupta.

Em mar/2019, a editora gaúcha Culturama, que já detinha uma licença de publicações de atividades Disney há algum tempo, retoma o título, agora com 68 páginas e miolo em papel de qualidade superior, e passa a usar numeração dupla: a partir do zero na capa e, no expediente, a sequência numérica clássica.

◼ POR QUE A QUANTIDADE DE EDIÇÕES DE PATO DONALD NÃO CORRESPONDE A SUA NUMERAÇÃO SEQUENCIAL?

Em janeiro de 1961, a então revista semanal O PATO DONALD, a partir do #479, começou a ceder sua numeração ímpar para ZÉ CARIOCA (o primeiríssimo ZC, portanto, trouxe um #479 impresso na capa). E continuou assim até o número 1750, em meados de 1985. Durante aqueles mais de 24 anos, esses gibis revezaram-se nas bancas semanalmente.

Mas, em junho de 1985, PATO DONALD mudou de formato, estrutura e linha editorial e passou a ser mensal. Então, a intercalação de numeração deixou de fazer sentido e os títulos, consequentemente, passaram a ter numerações independentes, com PATO DONALD #1751 sendo a primeira edição da revista a ostentar um número ímpar na capa desde 1960.

Assim, descontados os gibis com numeração nunca publicada de PATO DONALD, chega-se à quantidade real de edições lançadas pela Editora Abril, 1845 — ainda que a última revista distribuída pela editora paulistana, em junho/julho de 2018, ostentasse um número 2481 em sua capa.


★ Fontes: divulgação, Banco de Dados Planeta Gibi.
 Nota: O Planeta Gibi colabora com as publicações Disney da Culturama traduzindo, escrevendo artigos e prestando assessoria com base em nosso acervo e banco de dados.
★ O Planeta Gibi só se responsabiliza por compras efetuadas em sua loja. Problemas relacionados a aquisições com terceiros, incluindo assinaturas feitas com editoras, são de inteira responsabilidade desses terceiros, assim como toda e qualquer informação aqui divulgada acerca dessas comercializações.
 Titulação, serialização, numeração sequencial exibidos entre colchetes: são dados atribuídos pelo Planeta Gibi somente para fins de colecionismo.
 Dúvidas e sugestões: escreva para o editor do Planeta Gibi Blog.
 Publicado originalmente em 19/jul/2019.
★ Atualizado pela última vez em 19/jul/2019.




4 comentários:

  1. Esse negócio de por a numeração da Abril como proridade dá um nó na cabeça da gente, imaginem em quem tá começando ou quer começar agora? Abril já era, ficou no passado, poderia entrar a numeração nos parenteses, já q fazem questao de destacar...

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    Respostas
    1. De pato er... fato, a numeração Abril deveria vir em parênteses dando destaque a numeração corrente da Culturama

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  2. O modelo de venda da Culturama é um suicídio.
    Na minha cidade um único estabelecimento se dispôs a vender as revistas e diante do fracasso nunca mais pediu reposição.
    Continuam até hoje vários números zeros à disposição.

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  3. Ótima matéria, adorei a seleção das histórias, principalmente por ser dos Mestres Disney Marco Rota, Van Horn e o Cavazzano. Foi bom ver o começo das histórias.

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