Os fãs de Peninha (e de Ronrom) não perdem por esperar. No segundo semestre, o gibi Tio Patinhas passará a publicar suas HQs que Dick Kinney escreveu e Al Hubbard desenhou na década de 1960 e que permaneciam inéditas no Brasil. Difícil lembrar de quadrinhos Disney com verve humorística mais similar à das produções nacionais da década de 1970. Alerta: se você é apaixonado por gatos, aprecie com moderação! Pois em quase todas as histórias, Ronrom, o gato de estimação do Donald, come o pão que o diabo amassou nas mãos do Primo Dinamite —claro, tudo na maior inocência, como é peculiar a Peninha.
Pronto, Peninha: chegou a sua vez!
Quadrinho da hilariante Fall Guy, uma das HQs a ser publicada pela primeira vez no Brasil
Há mais de 25 histórias de Peninha produzidas pela dupla Kinney & Hubbard inéditas por aqui. Isso totaliza mais de duas centenas de páginas. A maioria absoluta traz o personagem às voltas com Donald e Ronrom. Há também uma com Urtigão, e Margarida e Prof. Ludovico aparecem em outras.
Ronrom sofrendo nas mãos inocentes de Peninha: Então é por isso que estou aqui!
Página de The Retriever
Algumas curiosidades sobre essas histórias:
Weaving and Ducking (set/64) foi refeita no Brasil (Zé Fraude...) e publicada pela primeira e única vez como O Tecelão de Quintal em Zé Carioca #689 (1965). Zé "fez o papel" de Donald.
The Blackboard Bungle (set/64) passou por processo similar no Brasil. Seu remake chamou-se O Professor de Desordem (em Zé Carioca #691). Em 2008, a HQ original foi publicada pela primeiríssima vez nos Estados Unidos, em Walt Disney's Comics and Stories #694.
Outra que também só estreou nos Estados Unidos há pouco tempo foi Pop Goes the Art (publicada pela primeira vez no mundo em dez/64; nos EUA, estreou em Mickey Mouse and Friends #276, 2005). Ocorrência similar para The Retriever (dez/64; nos EUA: Disney Treasures #1, 2006) e Fall Guy (1965; nos EUA: Vacation Parade #3, 2006).
Donald: Bem, Ronrom, vejo que você está voltando ao normal, depois da última visita do primo Peninha! — HQ que estreou nos EUA apenas em mai/05, em Mickey Mouse and Friends #276
O primeiro encontro de Peninha com Margarida foi em Suds In Your Eyes (out/65), inédita também nos EUA.
The Pioneer (ago/65) ganhou pouco depois um remake dinamarquês, desenhado por Llorca e publicado na Europa em out/71. Ambas as versões são inéditas aqui e nos EUA.
Mountain Magic, de 1965, chegou a sair nos EUA num gibi Disney promocional. Porém, seu layout ali foi remontado e supostamente alguns quadros foram suprimidos. Curiosamente, o Inducks aponta que esta HQ teve continuação em As Férias do Urtigão (desenhos de Tony Strobl), republicada no Brasil pela última vez na edição de estreia de Pato Donald Férias (dez/08).
Já Follow the Fearless Leader, The Cat Caper e A Hutch is Not a Home (publicadas originalmente em 1964) saíram em países europeus mas, assim como por aqui, também permanecem inéditas nos EUA. Mesma situação de Out of the Depths Despair, The Superior Intellect, Haste Makes Waste, Bah Wilderness, Vet Day, Put It On the Diners, Do It Yourself, Water Sports, Must the Show Go On?, The Carpet Baggers, Mata-Door to Door Salesman, The Heck Ship, A Midsummer's Nightmare, Hot and Cold Running Ducks e Law Trouble (todas publicadas pela primeira vez no mundo em 1965).
Ronrom desesperado... quem será que está chegando?...
Bah Wilderness, como publicada em Picsou Magazine #456 (França, jan/10)
A iniciativa brasileira nos aproximará da França, que desde há muito vem republicando essas maravilhas no Tio Patinhas de lá, a Picsou Magazine.
Enfim, aí estão as HQs inéditas que um ilustre leitor do Planeta Gibi pediu (em comentário na postagem do Almanaque do Peninha #1). Excelente sugestão.
Donald: Por que ele está em pânico? ... Agora sei!
Em Blackboard Bungle, que estreou nos EUA somente em jul/08, em Walt Disney's Comics and Stories #694. No remake brasileiro, Zé Carioca fez as vezes de Donald!
Fonte de indexação: Inducks
Porque não usar as páginas do Zé para tal. N tem em nenhum canto dizendo que o Zé tem que ter só republicações. Tanta história boa do TP vai ficar pra trás pra republicar essas histórias. Na minha opinião, isso é ruim.
ResponderExcluirTambem concordo que o lugar destas HQs deveria ser a revista do Zé e não a do pobre Tio Patinhas que já precisa dividir suas histórias com o chato do Patusco e com o excelente Superpato.
ResponderExcluirSão HQs velhas que melhor seriam se saissem na revista do Zé, pelo menos seria material inédito pra uma revista que precisa tanto ser reinventada.
Não aguentei, mandei um e-mail pra Abril com o mesmo argumento do meu comentário acima e a do sergio.
ResponderExcluirQuem quiser fazer o mesmo: DISNEY.ABRIL@atleitor.com.br
Seria ótimo mesmo a revista do Zé com esse material inédito.
Pois eu entendo que o melhor lugar para essas maravilhas seria mesmo num gibi solo do Peninha : )
ResponderExcluirE se fossse absolutamente impossível disso ocorrer, eu as colocaria, sem dúvida, em Pato Donald.
É bom dizer aqui que foi esse Peninha aí a influência direta da versão brasileira, e há um enorme apreço do velho público por ele. Basta ver a quantidade de Edição Extra que o personagem teve: 12 (sem contar Morcego Vermelho). Eu apostaria muito nisso.
E. Rodrigues
Não só eu tenho cópias fotostáticas P&B de duas dessas HQs inéditas do Peninha, como também tenho os roteiros originais. Ou seja, a Abril nem precisa comprar os arquivos digitais do exterior se quiser.
ResponderExcluirHmm... acho que sei porquê... hehehe
ResponderExcluirPorque o quê?!
ResponderExcluirEu gostei. Antigamente a revista do milionário não era recheada com histórias do Horácio, Clarabela, Tico e Teco, Urtigão e do próprio Peninha? É fantástico o atrapalhado pato nos traços de Al Hubbard. Agora tenho uma sugestão: Tio Patinhas deve ganhar mais páginas (100.Com lombada quadrada, claro.
ResponderExcluirHum..era essa novidade no gibi do Tio?:o
ResponderExcluirNão sei se gostei não...esse material do Peninha deveria sair no gibi do Donald que es mais apropriado e deixar Tio Patinhas para HQs maiores e mais espetaculares!:p
"Tio Patinhas deve ganhar mais páginas (100.Com lombada quadrada, claro."
ResponderExcluirAdoraria isso,amigo,Alan,acho que a maioria(claro mais não com a qualidade igual aos dos Almanaque que estás pessimos):p
Hehehe!
Ops,qualidade grafica!:(
ResponderExcluirSabe Xandro, talvez você tenha razão. O Peninha sem dúvida se sairia muito bem no gibi do Pato. A questão que levanto é a seguinte: porquê antigamente cabia todos os personagens Disney (e não são poucos) nos gibis do Tio Patinhas, do Donald, no Almanaque Disney e agora não mais? E concordo contigo quanto à qualidade. As vezes deixa mesmo a desejar...
ResponderExcluirAlan, cabia porque existiam dezenas de gibis por mês, o grosso dos "outros" mesmo saia no Almanaque Disney, Disney Jrs, Disney Mix, uma ou outra edição extra, Disneylandia, etc etc etc
ResponderExcluirEstão vendo a falta que faz o Almanaque Disney? (volta logo...) Se ele estivesse entre nós, não teríamos esse tipo de problemas. O Peninha deveria ter um gibi mensal, é lógico, mas, se o editor optou por trazer no gibi do Tio, é porque não vai rolar tão cedo. Abs.
ResponderExcluirOlá! Boa tarde! Eu concordo com o Paulo logo cima que defende a volta da revista Almanaque Disney - acho que uma revista com cerca de 200 páginas só de inéditas seria o ideal... e por que não, Almanaque Disney? Seria um ótimo lugar para Superpato, Peninha, Margarida, Pateta (e seus derivados..rsrsrs....) desde que fossem histórias realmente inéditas.
ResponderExcluirCaso haja alguma resistência com o nome Almanaque Disney, que seja então Pateta ou Peninha, e pronto! Mais uma revista com inéditas para o nosso mercado.
Estou satisfeito de ver que a revista do Tio Patinhas terá o Peninha, mas gostaria que pensassem nessa hipótese, afinal, parece que ianda há tempo de repensar e mudar os planos. Será?
Abraços. FabianoCaldeira.
Sabe o que ficaria bom dentro do mix de histórias da revistinha do Tio Patinhas? Algumas das histórias que ainda são inéditas no Brasil dos DUCKTALES.
ResponderExcluirDucktales sim merece um espaço no Tio patinhas, para terminar de sair as histórias que ficaram sem lançar no Brasil nos anos 80/90.
DuckTales tem muita coisa interessante inédita, de Cavazzano a Jaime Diaz. Uma boa peneirada ali, realmente, seria legal.
ResponderExcluirE.Rodrigues
Finalmente o material inédito do Al Hubbard será publicado no Brasil, a despeito do menosprezo dos leitores equivocados que acham que se trata de material velho e ruim.
ResponderExcluirHistórias antológicas desenhadas num estilo "rústico" bem pessoal e original, para um personagem que, até tempos recentes, era ignorado nos Estados Unidos e, graças a dupla Kinney & Hubbard, influenciou roteiristas dos estúdios Disney licenciados no resto do mundo onde se puderam ler suas histórias, conquistando uma legião de fiéis seguidores na Itália e no Brasil.
E que esse retorno seja em Tio Patinhas ou Pato Donald porém jamais em Zé Carioca. Cada revista segue uma linha editorial e a do ZC é de republicações. Seria uma grande sacanagem do Maffia publicar essas pérolas no ZC só para fazer os velhos leitores comprarem uma revista que hoje não faz jus à qualidade de outrora.
Aviso aos neófitos: nem só de Barks vivem os clássicos Disney.
Bravo Lucrécio!
ResponderExcluirSendo bem cafona, devo dizer que mil 'chuifs' não são suficientes para resumir a minha felicidade interior ao ler este post!
ResponderExcluirTambém assino embaixo das suas sábias palavras, Lucrécio. Com todo o respeito e admiração que tenho pelo grande ser humano que foi o Mister Barks, acredito que outros brilhantes autores de quadrinhos Disney precisam ser urgentemente divulgados no Brasil. É uma questão de se fazer justiça a homens incrivelmente talentosos como Al Hubbard e Tony Strobl, que emprestaram um pouco, ou melhor, muito de suas vidas aos "patos". E o fato de se colocar estas histórias do Mister Hubbard na sempre ótima revista mensal do Patinhas pode servir para uma espécie de reapresentação do Peninha a uma nova geração de leitores de hqs brasileiros que não o conhecem muito bem, para, posteriormente, apresentá-lo em um novo título próprio. Talvez esta tenha sido a idéia do competentíssimo Mister Maffia.
A primeira dessas histórias (pelo menos, eu acho que é a primeira) foi publicada no Brasil no Cinquentenário Disney de 1973, e sempre foi uma das minhas favoritas. Um abraço
ResponderExcluirexcelente a observação do lucrécio
ResponderExcluira respeito de kinney e hubbard. o
cenário dessas histórias é muito en
graçado, composto de geringonças,
casas e carros em ruínas, armas pri
mitivas e barulhentas e bichos que
azucrinam o peninha (alguém preci
sava fazer isso). mas eu tenho uma
sugestão: por não se cria uma revis
ta (arrepia, maffia) mensal chama
da O melhor da disney, 68 páginas
como aquelas antigas Edições extra,
formato da década de 70, capa em
verniz e com material de hubbard,
tagliaferro, giovan carpi (este um
gênio italiano, não canso de repe
tir), paul murry, jack bradbury,
canini e com as capas maravilhosas
do barks, paul murry e principal
mente do walt kelly?
um abraço a todos,
nagib antonio