PATETA FAZ HISTÓRIA como Genghis Khan
Por Planeta Gibi. Neste episódio, temos Mickey no papel de Guilherme de Rubruck. Esse monge e explorador flamengo partiu em expedição determinada pelo rei Luís IX, como mencionado na HQ, até o centro da Mongólia.
Mickey lá encontra Pateta Genghis Khan contando para uma plateia domesticada como havia se tornado o grande e temido conquistador. Trata-se de mais uma licença poética desta coleção, pois quando Rubruck alcançou seu destino, duas décadas haviam se passado desde a morte do mongol.
Boa parte da HQ é dedicada à determinação de Pateta em domar um cavalo, necessário para levá-lo às terras onde pretendia iniciar suas conquistas. A História conta que Genghis Khan, ainda muito jovem, de fato só conseguiu partir de sua aldeia (após inúmeras tentativas malogradas de fuga) quando recebeu um animal assim. Foi então que pode se reencontrar com sua noiva, Borte — que tem o nome citado no primeiro quadro da página 16.
A sequência cômica com Pateta e o cavalo remete ao clássico Disney de 1942 que revelou Zé Carioca ao mundo. Em Alô Amigos, o episódio O Gaúcho Pateta mostra nosso protagonista nos pampas argentinos, às voltas com um cavalo folgado.
Nos quadrinhos, Pateta inicia seu exército após recrutar apenas dois homens. Trata-se de uma referência à aliança que Temudjin fez, ainda adolescente, com dois amigos com a intenção de resgatar Borte, sequestrada logo após seu casamento.
Após reavê-la, o guerreiro vai até uma montanha sagrada pedir ao deus do trovão que lhe ajude a unificar os povos mongóis — que temiam os raios. Na batalha decisiva, conta-se que os inimigos viram Temudjin refletido nos raios da tempestade que se avizinhava e finalmente se renderam. A HQ faz alusão a esse episódio mostrando que Pateta e sua família chegam até a usar trovões em casa, sem receios.
Curioso é mostrar o Japão como o paraíso dos brinquedos. É lá que Mickey busca um objeto específico para deter a sanha expansionista de Pateta Genghis Khan. Não podemos nos esquecer de que esta história foi produzida nos anos 1980, quando de fato o Japão era a meca da produção de brinquedos e eletrônicos. Hoje, certamente, o roteirista teria que buscar outro desfecho, pois é justamente a China que ocupa essa posição no mundo, e ela já havia sido conquistada pelo mongol.
PATETA FAZ HISTÓRIA como Genghis Khan
Roteiro: Tom Yakutis
Desenhos: Anibal Uzál
Arte-Final: Adalberto Rubén Torreiro
Publicada primeiro em 1984
PATETA FAZ HISTÓRIA como Antonio Stradivari
Por Planeta Gibi. É notável a quantidade de cachorros (de rua, sobretudo) nos episódios desta coleção, mas sempre relegados a meros objetos de cena. Em Pateta Stradivari, finalmente, um deles ganha destaque: a irritante cadelinha da "generala" Clarabela avança em todos que se aproximam de sua dona — até no próprio general.
Esses personagens, a propósito, ditam o rumo da trama. É para Clarabela que Bafo e, depois, Pateta construirão seus violinos. Esses instrumentos são odiados pelo general, que fugindo do "talento" da esposa parte para uma batalha contra invasores da fronteira — onde Pateta e seu amigo Mickey inadvertidamente vão parar.
A HQ começa brincando com o surgimento dos mais diversos instrumentos musicais, desde os primórdios da humanidade, até chegar na Idade Média, mostrando a habilidade de Pateta Stradivari com o violino e a origem da implicância de Bafo com o luthier.
A estratagema do vilão em substituir a identificação do violino construído por Pateta por seu próprio nome, como vemos nos quadrinhos, é uma referência direta às etiquetas de fato presentes nos legítimos Stradivarius — e que possibilitaram aos especialistas, por exemplo, estimar a data de nascimento de Antonio Stradivari e saber quem foi seu mestre.
A série Pateta Faz História foi produzida numa época em que nem sequer se falava em Internet, que dirá sonhar em ter acesso, um dia, a seu conteúdo virtualmente infinito. É surpreendente, assim, a tarefa de seus artistas em obter os mais diversos detalhes dos personagens e das regiões que satirizavam.
Em Pateta Stradivari, por exemplo, tem-se o capricho de reproduzir o Palazzo Comunale no fundo de uma cena de Mickey (no alto da pág. 73). O edifício abriga uma coleção de raros violinos (inclusive de Antonio Stradivari) e é uma das atrações turísticas de Cremona, cidade italiana onde viveu o mestre violinista.
Nos quadrinhos Disney, referências aos violinos de Antonio Stradivari não são raras. Bem curiosa, por mais de um motivo, é a HQ O Misterioso Caso do Violino (publicada m MICKEY #279), onde o Prof. Nefárius exige um resgate pelo legítimo Stradivarius que subtraiu de Sir Lock Holmes.
Bem, é óbvia a referência desse personagem em Sherlock Holmes, dos livros de Arthur Conan Doyle. O célebre detetive também possuía um daqueles valiosos instrumentos.
Menos percebida é a similaridade visual dessas primeiras histórias de Sir Lock com os episódios iniciais de Pateta Faz História. Não por acaso, ambas as séries foram produzidas pela mesma equipe e começaram na mesma revista, a americana DISNEY MAGAZINE, onde revezam-se a cada edição.
PATETA FAZ HISTÓRIA como Antonio Stradivari
Roteiro: Carl Fallberg
Desenhos: Anibal Uzál
Arte-Final: Adalberto Rubén Torreiro
Tradução: Raoni Naraoka
Publicada primeiro em 1989
Mickey lá encontra Pateta Genghis Khan contando para uma plateia domesticada como havia se tornado o grande e temido conquistador. Trata-se de mais uma licença poética desta coleção, pois quando Rubruck alcançou seu destino, duas décadas haviam se passado desde a morte do mongol.
Boa parte da HQ é dedicada à determinação de Pateta em domar um cavalo, necessário para levá-lo às terras onde pretendia iniciar suas conquistas. A História conta que Genghis Khan, ainda muito jovem, de fato só conseguiu partir de sua aldeia (após inúmeras tentativas malogradas de fuga) quando recebeu um animal assim. Foi então que pode se reencontrar com sua noiva, Borte — que tem o nome citado no primeiro quadro da página 16.
A sequência cômica com Pateta e o cavalo remete ao clássico Disney de 1942 que revelou Zé Carioca ao mundo. Em Alô Amigos, o episódio O Gaúcho Pateta mostra nosso protagonista nos pampas argentinos, às voltas com um cavalo folgado.
Nos quadrinhos, Pateta inicia seu exército após recrutar apenas dois homens. Trata-se de uma referência à aliança que Temudjin fez, ainda adolescente, com dois amigos com a intenção de resgatar Borte, sequestrada logo após seu casamento.
Após reavê-la, o guerreiro vai até uma montanha sagrada pedir ao deus do trovão que lhe ajude a unificar os povos mongóis — que temiam os raios. Na batalha decisiva, conta-se que os inimigos viram Temudjin refletido nos raios da tempestade que se avizinhava e finalmente se renderam. A HQ faz alusão a esse episódio mostrando que Pateta e sua família chegam até a usar trovões em casa, sem receios.
Curioso é mostrar o Japão como o paraíso dos brinquedos. É lá que Mickey busca um objeto específico para deter a sanha expansionista de Pateta Genghis Khan. Não podemos nos esquecer de que esta história foi produzida nos anos 1980, quando de fato o Japão era a meca da produção de brinquedos e eletrônicos. Hoje, certamente, o roteirista teria que buscar outro desfecho, pois é justamente a China que ocupa essa posição no mundo, e ela já havia sido conquistada pelo mongol.
PATETA FAZ HISTÓRIA como Genghis Khan
Roteiro: Tom Yakutis
Desenhos: Anibal Uzál
Arte-Final: Adalberto Rubén Torreiro
Publicada primeiro em 1984
PATETA FAZ HISTÓRIA como Antonio Stradivari
Por Planeta Gibi. É notável a quantidade de cachorros (de rua, sobretudo) nos episódios desta coleção, mas sempre relegados a meros objetos de cena. Em Pateta Stradivari, finalmente, um deles ganha destaque: a irritante cadelinha da "generala" Clarabela avança em todos que se aproximam de sua dona — até no próprio general.
Esses personagens, a propósito, ditam o rumo da trama. É para Clarabela que Bafo e, depois, Pateta construirão seus violinos. Esses instrumentos são odiados pelo general, que fugindo do "talento" da esposa parte para uma batalha contra invasores da fronteira — onde Pateta e seu amigo Mickey inadvertidamente vão parar.
A HQ começa brincando com o surgimento dos mais diversos instrumentos musicais, desde os primórdios da humanidade, até chegar na Idade Média, mostrando a habilidade de Pateta Stradivari com o violino e a origem da implicância de Bafo com o luthier.
A estratagema do vilão em substituir a identificação do violino construído por Pateta por seu próprio nome, como vemos nos quadrinhos, é uma referência direta às etiquetas de fato presentes nos legítimos Stradivarius — e que possibilitaram aos especialistas, por exemplo, estimar a data de nascimento de Antonio Stradivari e saber quem foi seu mestre.
A série Pateta Faz História foi produzida numa época em que nem sequer se falava em Internet, que dirá sonhar em ter acesso, um dia, a seu conteúdo virtualmente infinito. É surpreendente, assim, a tarefa de seus artistas em obter os mais diversos detalhes dos personagens e das regiões que satirizavam.
Em Pateta Stradivari, por exemplo, tem-se o capricho de reproduzir o Palazzo Comunale no fundo de uma cena de Mickey (no alto da pág. 73). O edifício abriga uma coleção de raros violinos (inclusive de Antonio Stradivari) e é uma das atrações turísticas de Cremona, cidade italiana onde viveu o mestre violinista.
Nos quadrinhos Disney, referências aos violinos de Antonio Stradivari não são raras. Bem curiosa, por mais de um motivo, é a HQ O Misterioso Caso do Violino (publicada m MICKEY #279), onde o Prof. Nefárius exige um resgate pelo legítimo Stradivarius que subtraiu de Sir Lock Holmes.
Bem, é óbvia a referência desse personagem em Sherlock Holmes, dos livros de Arthur Conan Doyle. O célebre detetive também possuía um daqueles valiosos instrumentos.
Menos percebida é a similaridade visual dessas primeiras histórias de Sir Lock com os episódios iniciais de Pateta Faz História. Não por acaso, ambas as séries foram produzidas pela mesma equipe e começaram na mesma revista, a americana DISNEY MAGAZINE, onde revezam-se a cada edição.
PATETA FAZ HISTÓRIA como Antonio Stradivari
Roteiro: Carl Fallberg
Desenhos: Anibal Uzál
Arte-Final: Adalberto Rubén Torreiro
Tradução: Raoni Naraoka
Publicada primeiro em 1989
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