Pateta inscreve-se na galeria dos grandes comediantes do cinema mudo americano dos anos 1920, com Charles Chaplin (1889-1977), Buster Keaton (1895-1966) e Harold Lloyd (1893-1971). Chegou a parodiar este último, por exemplo, no cartoon Os Limpadores de Relógio (1937), onde repete o esquema de comédia-calafrio, tão comum nos filmes de Lloyd, quando se coloca em arriscada tarefa no parapeito de uma altíssima torre de relógio. Neste volume de ESSENCIAL DISNEY, o leitor irá se divertir com esse tipo de humor nonsense. Confira.
Os Passatempos Malucos do Pateta
Por Júlio de Andrade, Filho. De natureza bondosa e pueril, Pateta
fez sua primeira aparição como
membro de uma plateia, no desenho animado
A Revista Teatral do Mickey (Mickey’s
Revue, 1932). O que o distinguia dos outros
figurantes sentados à sua volta não
era sua aparência, mas sua risada peculiar.
Tal característica chamou a atenção
de Walt Disney e sua equipe de tal maneira
que, poucos meses depois, Pateta
surgiria em novos desenhos, já incluído
na turma do Mickey, que então contava
com Minnie, Horácio e Clarabela.
O personagem, porém, só seria batizado nas tiras de jornais, no início de 1933, pelas mãos de Floyd Gottfredson (1905-1986). Seu primeiro nome foi Dippy Dawg (ou Dippy Dog). E Dippy foi justamente o nome que Pateta recebeu no Brasil, na estreia da revista O PATO DONALD, em julho de 1950. O nome Goofy (que pode ser traduzido como tolo ou apatetado) só começaria a vingar após a Disney, em 1938, publicar um livro de historinhas, cujo título assim qualificava o personagem. Mas esse nome só seria oficializado na estreia da animação Pateta e Wilbur (Goofy and Wilbur), no ano seguinte.
Após participar de várias aventuras do Mickey nos jornais americanos, sempre desenhadas por Gottfredson, Pateta finalmente ganhou destaque nos quadrinhos numa produção italiana de 1938, na qual chegou a ter estampado seu nome na capa. Nos EUA, estreou nas revistas em quadrinhos em 1941, numa HQ que adaptava um de seus mais famosos desenhos animados da série How to Do (Como Fazer). Apesar desta projeção, somente a partir da década de 1950, pelas mãos de Jack Bradbury (1914-2004), o personagem começou a viver com mais frequência as situações do dia a dia. Posteriormente, enquanto Paul Murry (1911-1989) traria Pateta para a posição de parceiro do detetive Mickey, os artistas italianos seguiriam o rumo que Bradbury havia dado ao personagem e começariam a produzir roteiros nos quais Pateta aparecia cada vez com um hobby ou passatempo diferente.
Exemplos essenciais dessas manias febris são vistos em abundância neste volume, tanto na surreal HQ Sem Limite (que dá seu recado perfeitamente em apenas duas páginas) como em As Férias com Repouso Total, na qual Mickey sofre com as desatenções do amigo — que, por sua vez, não se dá conta do que está fazendo, envolto com sua fixação da vez: virar escritor.
Talvez a HQ mais representativa das incursões de Pateta em atividades que nunca havia feito antes seja a última deste volume. Ali ele fica obcecado com ornitologia, o estudo das aves. De binóculo e gravador, Pateta se cerca de tudo de que precisa para avistar pássaros, lembrando aquelas pessoas que despejam rios de dinheiro em novos hobbies, apenas para deixá-los encostados alguns meses depois. E quem pode censurar os hobistas? Como o Pateta acaba provando, passatempos podem resolver nossos problemas, mesmo que esses passatempos nem voltem a ser mencionados na edição posterior.
O personagem, porém, só seria batizado nas tiras de jornais, no início de 1933, pelas mãos de Floyd Gottfredson (1905-1986). Seu primeiro nome foi Dippy Dawg (ou Dippy Dog). E Dippy foi justamente o nome que Pateta recebeu no Brasil, na estreia da revista O PATO DONALD, em julho de 1950. O nome Goofy (que pode ser traduzido como tolo ou apatetado) só começaria a vingar após a Disney, em 1938, publicar um livro de historinhas, cujo título assim qualificava o personagem. Mas esse nome só seria oficializado na estreia da animação Pateta e Wilbur (Goofy and Wilbur), no ano seguinte.
Após participar de várias aventuras do Mickey nos jornais americanos, sempre desenhadas por Gottfredson, Pateta finalmente ganhou destaque nos quadrinhos numa produção italiana de 1938, na qual chegou a ter estampado seu nome na capa. Nos EUA, estreou nas revistas em quadrinhos em 1941, numa HQ que adaptava um de seus mais famosos desenhos animados da série How to Do (Como Fazer). Apesar desta projeção, somente a partir da década de 1950, pelas mãos de Jack Bradbury (1914-2004), o personagem começou a viver com mais frequência as situações do dia a dia. Posteriormente, enquanto Paul Murry (1911-1989) traria Pateta para a posição de parceiro do detetive Mickey, os artistas italianos seguiriam o rumo que Bradbury havia dado ao personagem e começariam a produzir roteiros nos quais Pateta aparecia cada vez com um hobby ou passatempo diferente.
Exemplos essenciais dessas manias febris são vistos em abundância neste volume, tanto na surreal HQ Sem Limite (que dá seu recado perfeitamente em apenas duas páginas) como em As Férias com Repouso Total, na qual Mickey sofre com as desatenções do amigo — que, por sua vez, não se dá conta do que está fazendo, envolto com sua fixação da vez: virar escritor.
Talvez a HQ mais representativa das incursões de Pateta em atividades que nunca havia feito antes seja a última deste volume. Ali ele fica obcecado com ornitologia, o estudo das aves. De binóculo e gravador, Pateta se cerca de tudo de que precisa para avistar pássaros, lembrando aquelas pessoas que despejam rios de dinheiro em novos hobbies, apenas para deixá-los encostados alguns meses depois. E quem pode censurar os hobistas? Como o Pateta acaba provando, passatempos podem resolver nossos problemas, mesmo que esses passatempos nem voltem a ser mencionados na edição posterior.
O Ócio Inteligente
Roteiro: Nino Russo
Desenhos: Massimiliano Lucania
Produzida em novembro de 2000
Mickey se prepara para tirar uns dias de folga no Monte Urso junto com Pateta e Esquálidus,
mas acaba não viajando. Somente Esquálidus faz companhia a Pateta, tentando,
o tempo todo, tornar o amigo uma pessoa mais “racional”. HQ inédita no Brasil.
As Férias com Repouso Total
Roteiro: Rudy Salvagnini
Desenhos: Emilio Urbano
Produzida em julho de 2001
Nesta HQ também inédita, Mickey está esgotado e resolve espairecer no litoral por
alguns dias na companhia do Pateta. Mal sabe ele que a mais recente mania do amigo,
que almeja se tornar escritor, vai levá-lo ao ápice do desgaste físico e mental.
Sem Limite
Roteiro e desenhos: Peter Härdfeldt
Produzida em abril de 2000
Nesta história curtinha, publicada antes em MICKEY 646, o leitor pode até achar que
Pateta é um exagerado. Mas quem na vida já não foi alguma vez tomado pela síndrome
de fazer um pouco mais do que havia inicialmente planejado?
A Atração Agroturística
Roteiro: Fabio Michelini
Desenhos: Giorgio Di Vita
Produzida em outubro de 2004
Nesta HQ inédita no Brasil, Pateta e seus amigos Clarabela e Horácio vão passar o tempo
restaurando a descuidada fazenda do tio Patetoso. Atraídos por um suposto tesouro
escondido na propriedade, Bafo e Tudinha aparecem disfarçados de turistas.
A Maratona de Gude
Roteiro: Roberto Gagnor
Desenhos: Ottavio Panaro
Produzida em junho de 2006
A praia de Patópolis torna-se palco de um grande campeonato de bolinha de gude e,
entre os favoritos, está ele mesmo, Pateta! História inédita.
A Ornitologia Remunerativa
Roteiro: Nino Russo
Desenhos: Luciano Gatto
Produzida em abril de 2002
Desta vez o passatempo predileto do Pateta é a dedicação total à ornitologia: ele
coleciona de tudo, de livros a sons raros de seus pássaros prediletos. Enquanto isso, a
cidade de Patópolis mergulha numa insolúvel onda de assaltos que desafia até mesmo
a perícia do Mickey. Trama inédita no Brasil.
Editora Abril, coleção em 20 volumes semanais, 100 páginas cor, formato 14,7 x 20,7 cm, R$ 10,00
Editor: Paulo Maffia
Desde
que surgiram, nos anos 1930, os quadrinhos Disney foram sendo
construídos com personagens e situações marcantes que imprimiram
lembranças indeléveis em nossa memória. Formou-se em torno de cada um
deles – Mickey, Donald, Patinhas e tantos outros – uma mitologia tão
rica e complexa que ela passou a ser automaticamente reconhecida aos
olhos do mundo. Com o passar do tempo, tornou-se desnecessário explicar a
quem quer que fosse que Mickey namora a Minnie, que seu melhor amigo é o
Pateta e que ele tem embates colossais com dois vilões que amamos
odiar: Mancha Negra e João Bafo-de-Onça. Igualmente dispensável
tornou-se apresentar Donald – sujeito irritado, azarado, que não
consegue manter um emprego – ou o Tio Patinhas, sempre acossado pelos
terríveis Irmãos Metralha, pelo milionário rival Patacôncio e,
principalmente, pela Maga Patalójika, determinada a roubar a primeira
moeda do velho muquirana para fazer com ela um amuleto e transformar-se
assim na bruxa mais poderosa do mundo.
Nesta nova grande coleção da Editora Abril, reunimos os assuntos
prediletos que orbitam o universo Disney. Assim, ao se deparar com
títulos como Tio Patinhas versus Maga Patalójika, Os Problemas Domésticos do Pateta e Os Infinitos Azares do Pato Donald,
você sabe exatamente o que esperar: histórias que mostram a natureza
dos personagens, os hábitos, o comportamento recorrente, as brigas, as
rixas, os desafios, os laços de família e amizade. A cada volume, um
novo tema. Em cada tema, uma formidável compilação de histórias em
quadrinhos, clássicas e inéditas, que, acreditamos, serão tão preciosas
para você quanto a Número Um é para o Tio Patinhas ou o 313 para o Pato
Donald. Mais que preciosas, essenciais.
A COLEÇÃO:
#1 — 9/mar: Tio Patinhas
Versus
Maga Patalójika
#2 — 9/mar: Donald
e seus Sobrinhos
#3 — 16/mar: Os Problemas Domésticos do
Pateta
#4 — 23/mar: Tio Patinhas
e a
Moeda Número Um
#5
— 30/mar: Mickey e Minnie
#6 — 6/abr: Donald e seus Primos
#7 — 13/abr: Mickey
Versus
Mancha Negra
#8 — 20/abr: As Grandes Aventuras do
Superpateta
#9 — 27/abr: Tio Patinhas Versus
Irmãos Metralha
#10 — 4/mai: Mickey Versus
João Bafo-de-Onça
#11 — 11/mai: Donald e Margarida
#12 — 18/mai: Os Passatempos Malucos do
Pateta
#13 — 25/mai: As Grandes Viagens do
Tio Patinhas
#14 — 1/jun: Mickey e Pluto
#15 — 8/jun: Os Infinitos Azares do
Pato Donald
#16 — 15/jun: Pateta
e seus Antepassados
#17 — 22/jun: Tio Patinhas
Versus
Patacôncio
#18 — 29/jun: Donald
e
seu Carro 313
#19 — 6/jul: O Detetive
Mickey
#20 — 13/jul: Donald
e seus Empregos que Não Duram
Basicamente o último volume bacana temático do Pateta. Isso porque no próximo a Abril cometerá um pecado capital mutilando a série de 220 páginas chamada "I bis-bis di Pippo"
ResponderExcluirUma série fenomenal com os antepassados do Pateta, dividida em 12 partes. E aqui no Brasil vai sair somente as partes 1, 2, 5, 7 e 8. Nem para publicar cronologicamente as primeiras partes.
"I bis-bis di Pippo" Merecia um encadernado completo com tudo. Não essa terrivel mutilação.
Esse é um dos poucos volumes da coleção espanhola que deveria ter sido ignorado completamente. Deveriam ter ignorado esse volume e escolhido outro com o Pateta que saiu por lá. Muito triste.
http://coa.inducks.org/story.php?c=I+TL+2645-1P
Peço desculpas por postar esse tipo de mensagem aqui, mas gostaria que o Rivaldo ou o E. Rodrigues respondessem aos inúmeros e-mails que venho enviando há 2 semanas sobre um pedido que fiz e ainda não foi enviado (sardauk@gmail.com).
ResponderExcluirObrigado.
Nossa, Sardauk! Nós é que temos que nos desculpar. Entramos em contato com você daqui a pouquinho. Estamos verificando o que ocorreu, pois temos recebido emails normalmente.
ResponderExcluirAbs.
Oi, Leonardo.
ResponderExcluirSeus emails foram respondidos.
Verifique em sua caixa no dia 02/05, 08/05 e 12/05.
Enviamos hoje novamente o número da postagem de seu pedido.
Por segurança, ligamos e passamos o número de rastreamento por telefone.
Estamos à disposição para atendê-lo via nossos emails ou pelo telefone divulgado na loja virtual.
atendimento@planetagibi.com
rivaldo@planetagibi.com
Rivaldo e PG,
ResponderExcluirmuito obrigado pela presteza e rapidez na resposta. Tudo resolvido!
E aqui em Teresina Piauí ainda não chegou nem o número 1
ResponderExcluirComo se sabe, não foi a Abril que mutilou a série italiana. A edição dos antepassados do Pateta "I bis-bis di Pippo" veio pronta da Espanha.
ResponderExcluirBasta a Abril aproveitar a deixa e publicar os outros capítulos da série na revista mensal. Fora de ordem cronológica, mas tudo bem.
Essa é uma sugestão a ser passada pra Abril se essa série for realmente legal. Parece promissora.
Jackson...acho que essa coleção só chegar em junho nos estados setorizados...fazer o que né?:p
ResponderExcluirTemos que esperar..infelizmente!:/
Thiago, você leu essa série?
ResponderExcluir"Como se sabe, não foi a Abril que mutilou a série italiana. A edição dos antepassados do Pateta "I bis-bis di Pippo" veio pronta da Espanha. "
ResponderExcluir- Sim, é verdade, outros países também fizeram caca com essa série, publicando-a parcialmente. Não foi só a Espanha.
Mas isso não serve de desculpa para o que a Abril fez, a Serie Oro na Espanha é dividida em 40 volumes, 10 para cada personagens. Nossa coleção aqui tem 20 volumes, sendo apenas 04 são dedicados ao Pateta. Ou seja, há 6 volumes do personagem que não serão publicadas no Brasil.
Não seria o simples caso de deixar o volume dos antepassados de lado, escolher um dos não-publicados e posteriormente lançar a série Ibi de forma integral num especial?
Bom senso, é só isso que a gente pede, e é justamente isso que a Abril parece nunca ter.
---------
"Thiago, você leu essa série?"
- Tive acesso parcial a ela infelizmente, ainda estou tentando conseguir ela integralmente.
Mas o que vi é o suciente para dizer que ela mereceria sair aqui com todas as partes na qual foi originalmente produzida.
Puxa, que gibi legal esse Essencial Disney nº 12 com "Os Passatempos Malucos do Pateta". Como é gostoso ter uma coleção assim nas bancas, defendendo os quadrinhos Disney com louvor. Não algo restrito à livrarias, mas, popular a ponto de estar à disposição do mais variado público. Com esse formato e papel branquinho, gostoso de ler, a gente pode conferir o belo texto do Júlio, a arte nos mínimos detalhes dos artistas Disney e ainda colecionar e deixar completinha na coleção. A editora Abril está de parabéns por mais esse trabalho de sucesso, e que venham outras coleções. Abs.
ResponderExcluirMuito bom esse gibi. O unico problema é que não tenho acesso a essa coleção aqui no Rio Grande do Sul, pelo menos fui três vezs a Porto Alegre e não consegui achar em lugar nenhum. A minha sorte é que consegui os números de 1 a 4 quando fui a SP para tirar visto e hoje meu irmão trouxe esse aí (12) quando voltou de lá pelo mesmo motivo. É uma pena a Abril tratar assim os apreciadores de gibi, que mesmo estando dentro dos planos da Abril entregar ao mesmo tempo no Sul e Sudeste, nem vemos a cor da capa deles aqui no RS. Pense melhor Abril e agredem os fãs da Disney
ResponderExcluir