As Grandes Viagens do Tio Patinhas
Por Júlio de Andrade, Filho. O pato mais rico do planeta parece
ter nascido com rodinhas sob os
pés. Desde sua criação, em 1947, o Tio
Patinhas trocou rapidamente o status de
personagem secundário pela condição
de protagonista do universo Disney, graças
ao seu caráter único, sua adoração
pelo dinheiro e sua incansável predisposição
para a aventura. Com esse espírito
irrequieto, o quaquilionário já percorreu
cada canto do globo (e foi além!)
em busca de negócios lucrativos e, mais
frequentemente, à caça de fabulosos tesouros.
Riquezas históricas, mitológicas,
lendárias ou até derivadas de meros boatos,
tudo motiva o velho unha-de-fome a
trancar os três acres cúbicos de patacas
e pedras preciosas, que abarrotam sua
caixa-forte em Patópolis, para então empreender
excursões rumo a cenários exóticos,
inóspitos e, não raro, perigosos.
Esse leque de destinos nada bucólicos inclui os desertos mais escaldantes, montanhas íngremes e acidentadas, as entranhas derretidas da Terra, as maiores profundidades oceânicas e as rotas desconhecidas do espaço sideral — lugares ocupados por etnias diversas e culturas não menos curiosas. De fabricantes de terremotos a deuses greco-romanos, de feiticeiros ancestrais a extraterrestres com preocupações ambientalistas, de advogados sem escrúpulos a monstros selvagens, uma extensa fauna antropozoomórfica se interpõe no caminho do desbravador. A própria origem de seu patrimônio monetário confirma essa vocação para os grandes desafios: a pepita que rendeu a ele o primeiro milhão foi garimpada nas neves do Klondike, numa corrida do ouro em que escroques, pilantras, assassinos, ladrões e estelionatários ditavam as regras. Nesse contexto, que alguns críticos ranzinzas consideram excessivamente realista para os quadrinhos Disney, Patinhas MacPatinhas, adepto do trabalho duro e honesto, sempre destoou de seus pares.
O magnata, no entanto, não costuma viajar sozinho. Como parceiros praticamente fixos, ele elegeu seus sobrinhos mais próximos. Embora esse ancião rabugento relute em admitir, tem plena confiança nos trigêmeos Huguinho, Zezinho e Luisinho, que sempre contribuem com informações importantes para a missão. O velho Tio também não abre mão da companhia do Pato Donald, parente inábil e trapalhão, porém fiel, que geralmente fornece o alívio cômico às tramas. E que se submete a salários abaixo de mínimos.
A abordagem das grandes viagens, inaugurada por Carl Barks (1901- 2000) na década de 1950, foi incorporada ao repertório de outros autores, que habituaram os leitores a procurar tramas recheadas de riscos e emoções nos gibis do Tio Patinhas. Três dessas aventuras, inéditas no Brasil, escritas pelos italianos Rodolfo Cimino e Osvaldo Pavese, estão presentes neste volume. Assim sendo, faça as malas e embarque imediatamente com a Família Pato rumo ao desconhecido. Na bagagem, a arte de mestres como Giorgio Cavazzano e Massimo De Vita. Bon voyage!
Esse leque de destinos nada bucólicos inclui os desertos mais escaldantes, montanhas íngremes e acidentadas, as entranhas derretidas da Terra, as maiores profundidades oceânicas e as rotas desconhecidas do espaço sideral — lugares ocupados por etnias diversas e culturas não menos curiosas. De fabricantes de terremotos a deuses greco-romanos, de feiticeiros ancestrais a extraterrestres com preocupações ambientalistas, de advogados sem escrúpulos a monstros selvagens, uma extensa fauna antropozoomórfica se interpõe no caminho do desbravador. A própria origem de seu patrimônio monetário confirma essa vocação para os grandes desafios: a pepita que rendeu a ele o primeiro milhão foi garimpada nas neves do Klondike, numa corrida do ouro em que escroques, pilantras, assassinos, ladrões e estelionatários ditavam as regras. Nesse contexto, que alguns críticos ranzinzas consideram excessivamente realista para os quadrinhos Disney, Patinhas MacPatinhas, adepto do trabalho duro e honesto, sempre destoou de seus pares.
O magnata, no entanto, não costuma viajar sozinho. Como parceiros praticamente fixos, ele elegeu seus sobrinhos mais próximos. Embora esse ancião rabugento relute em admitir, tem plena confiança nos trigêmeos Huguinho, Zezinho e Luisinho, que sempre contribuem com informações importantes para a missão. O velho Tio também não abre mão da companhia do Pato Donald, parente inábil e trapalhão, porém fiel, que geralmente fornece o alívio cômico às tramas. E que se submete a salários abaixo de mínimos.
A abordagem das grandes viagens, inaugurada por Carl Barks (1901- 2000) na década de 1950, foi incorporada ao repertório de outros autores, que habituaram os leitores a procurar tramas recheadas de riscos e emoções nos gibis do Tio Patinhas. Três dessas aventuras, inéditas no Brasil, escritas pelos italianos Rodolfo Cimino e Osvaldo Pavese, estão presentes neste volume. Assim sendo, faça as malas e embarque imediatamente com a Família Pato rumo ao desconhecido. Na bagagem, a arte de mestres como Giorgio Cavazzano e Massimo De Vita. Bon voyage!
As Montanhas Transparentes
Roteiro: Rodolfo Cimino
Desenhos: Giorgio Cavazzano
Produzida em outubro de 1971
Esta narrativa — rara e até hoje inédita no Brasil — conduz o Tio Patinhas e seus sobrinhos a uma ilha distante onde uma cordilheira quase invisível oculta e protege uma convidativa reserva de ouro. Munido da velha e tradicional picareta, ferramenta inseparável de seus tempos de garimpo, o magnata descobre que esforço na escavação não será suficiente para abrir espaço na rocha em direção ao metal reluzente. Para alcançar seu objetivo, o pão-duro precisará desvendar um antigo enigma lançado por xamãs de uma aldeia nativa.
A Cabra dos Incas
Roteiro: Osvaldo Pavese
Desenhos: Massimo De Vita
Produzida em junho de 1972
O secular casaco que veste o Tio Patinhas sofre avarias irreparáveis, fruto do desgaste pelo uso. Tudo indica que o avarento terá de desembolsar algumas patacas para renovar o guarda-roupa. Só que os patinhos trigêmeos mencionam a lã supostamente indestrutível de um animal venerado pelos incas — uma cabra azul pertencente a uma linhagem que todos julgam desaparecida. O zilionário, então, duvidando da extinção da cabra, aposta na possibilidade de fabricar um sobretudo com os fios longevos dela — o que significaria, na prática, nunca mais ter de comprar outro traje. Mais uma grande aventura essencial e inédita no Brasil.
O Jade Imperial
Roteiro: Rodolfo Cimino
Desenhos: Giulio Chierchini
Produzida em agosto de 2002
Terras isoladas por mares tropicais abrigam a Dama dos Negócios, uma peça chinesa de jade com poderes premonitórios, capaz de apontar os melhores investimentos e as aplicações mais rentáveis do mercado de capitais. Ao saber da novidade, o Tio Patinhas decide sair de férias — uma desculpa esfarrapada para mais uma grande aventura — e convoca para acompanhá-lo sua comitiva habitual, que fica ainda melhor com a presença do mordomo Batista e do simpático robô Zé Sucata, personagem criado em 1999 e que é apresentado pela primeira vez aos leitores brasileiros nesta HQ inédita.
Editora Abril, coleção em 20 volumes semanais, 100 páginas cor, formato 14,7 x 20,7 cm, R$ 10,00
Editor: Paulo Maffia
Desde
que surgiram, nos anos 1930, os quadrinhos Disney foram sendo
construídos com personagens e situações marcantes que imprimiram
lembranças indeléveis em nossa memória. Formou-se em torno de cada um
deles – Mickey, Donald, Patinhas e tantos outros – uma mitologia tão
rica e complexa que ela passou a ser automaticamente reconhecida aos
olhos do mundo. Com o passar do tempo, tornou-se desnecessário explicar a
quem quer que fosse que Mickey namora a Minnie, que seu melhor amigo é o
Pateta e que ele tem embates colossais com dois vilões que amamos
odiar: Mancha Negra e João Bafo-de-Onça. Igualmente dispensável
tornou-se apresentar Donald – sujeito irritado, azarado, que não
consegue manter um emprego – ou o Tio Patinhas, sempre acossado pelos
terríveis Irmãos Metralha, pelo milionário rival Patacôncio e,
principalmente, pela Maga Patalójika, determinada a roubar a primeira
moeda do velho muquirana para fazer com ela um amuleto e transformar-se
assim na bruxa mais poderosa do mundo.
Nesta nova grande coleção da Editora Abril, reunimos os assuntos
prediletos que orbitam o universo Disney. Assim, ao se deparar com
títulos como Tio Patinhas versus Maga Patalójika, Os Problemas Domésticos do Pateta e Os Infinitos Azares do Pato Donald,
você sabe exatamente o que esperar: histórias que mostram a natureza
dos personagens, os hábitos, o comportamento recorrente, as brigas, as
rixas, os desafios, os laços de família e amizade. A cada volume, um
novo tema. Em cada tema, uma formidável compilação de histórias em
quadrinhos, clássicas e inéditas, que, acreditamos, serão tão preciosas
para você quanto a Número Um é para o Tio Patinhas ou o 313 para o Pato
Donald. Mais que preciosas, essenciais.
A COLEÇÃO:
#1 — 9/mar: Tio Patinhas
Versus
Maga Patalójika
#2 — 9/mar: Donald
e seus Sobrinhos
#3 — 16/mar: Os Problemas Domésticos do
Pateta
#4 — 23/mar: Tio Patinhas
e a
Moeda Número Um
#5
— 30/mar: Mickey e Minnie
#6 — 6/abr: Donald e seus Primos
#7 — 13/abr: Mickey
Versus
Mancha Negra
#8 — 20/abr: As Grandes Aventuras do
Superpateta
#9 — 27/abr: Tio Patinhas Versus
Irmãos Metralha
#10 — 4/mai: Mickey Versus
João Bafo-de-Onça
#11 — 11/mai: Donald e Margarida
#12 — 18/mai: Os Passatempos Malucos do
Pateta
#13 — 25/mai: As Grandes Viagens do
Tio Patinhas
#14 — 1/jun: Mickey e Pluto
#15 — 8/jun: Os Infinitos Azares do
Pato Donald
#16 — 15/jun: Pateta
e seus Antepassados
#17 — 22/jun: Tio Patinhas
Versus
Patacôncio
#18 — 29/jun: Donald
e
seu Carro 313
#19 — 6/jul: O Detetive
Mickey
#20 — 13/jul: Donald
e seus Empregos que Não Duram
Eu estou com essa edição desde terça. Acho que dentre todas lançadas até o momento com o Tio Patinhas é a melhor.
ResponderExcluirHá uma certa nostalgia, uma certa diversidade, ainda que o volume tenha apenas 3 HQs, são três histórias com plots diferentes.
Acho essa dinamica melhor do que os primeiros volumes do muquirina, que reunem ele contra os mesmos vilões em todas as HQs, ou as tramas (no caso da moedinha) acabam sendo parecidas entre si. Acaba deixando os volumes mais enjoativos.
Como a seleção de histórias do Essencial Disney já vem pronta, não sei se no Brasil continuará o interesse de publicação de antigas inéditas. Esperamos que sim, pra mostrar que elas não devem nada às histórias "moderninhas".
ResponderExcluirAcho que Jumbo e Mega provam que há interesse em histórias do passado, da parte dos leitores. E que os clássicos devem ser revisitados, com variedade de autores e estilos. Que a Abril resgata Hqs antigas para republicação é notório. O que espero é que a mesma esteja disposta a pagar por inéditas antigas.
Vou perguntar para a Abril se é o preço que se paga por histórias americanas e italianas dos anos 70 é igual ou um pouco maior do que comprar material que acabou de sair do forno italiano e dinamarquês. Imagino que seria mais barato, se não fosse pelo processo de digitalização que as histórias antigas devem passar, dando mais trabalho. Esse é um dado interessante para tentar entender a linha editorial também!
Excelente a seleção desta edição..principalmente pelas HQs mais antigas!!:D
ResponderExcluirLucrécio, vejo que a Abril publica as antigas quando elas estão digitalmente disponíveis na Itália ou Dinamarca.
ResponderExcluirFoi lendo Tio Patinhas e suas viagens que aprendi a colecionar moedas e cédulas, a gostar de história e geografia. O Tio Patinhas não é só o pato mais rico do mundo, ele é um grande empreendedor e a vida financeira de Patópolis deve muito a ele, e ao seu tino pra negócios. Muitas fábricas e lojas em Patópolis, bem como os produtos vendidos nessas lojas, vem das indústrias Patinhas, e isso também se estende para todo o Estado de Calisota, e na verdade, para todo o mundo. Acredito que muitos milionários do mundo real gostariam de ser como o Tio Patinhas, de ter um império consolidado e ao mesmo tempo viver grandes aventuras. Por essas e outras, Essencial Disney nº 13 - As Grandes Viagens do Tio Patinhas, é simplesmente imperdível. Merece todos os elogios, aliás merece mais, merece aplausos onomatopéicos: clap! clap! -clap!
ResponderExcluir"Lucrécio, vejo que a Abril publica as antigas quando elas estão digitalmente disponíveis na Itália ou Dinamarca."
ResponderExcluirHá poucas chances então, de se publicar inéditas antigas italianas, por exemplo, ou americanas, se elas n estiverem digitalmente disponíveis???
Bem, difícil é encontrar uma HQ italiana significativa que não tenha sido republicada de 2000 para cá. Existe, claro, mas é incomum.
ResponderExcluir"Bem, difícil é encontrar uma HQ italiana significativa que não tenha sido republicada de 2000 para cá. Existe, claro, mas é incomum."
ResponderExcluir???
E tudo o que foi feito antes disso?
Não sou especialista no assunto, mas acho que pode ter muito material intessante de épocas anteriores.
Lucrécio e Sergio estão se referindo justamente a HQs antigas (presume-se, de década de 1980 para trás).
ResponderExcluirExemplo: gottfredson. Tem nos arquivos digitais italianos ou dinamarqueses? creio que pouca coisa, né?
ResponderExcluirNa verdade, falei uma besteira imensa em meu último comentário: esqueci de Gli anni d'oro di Topolino, que republica todas as tiras do gottfredson na itália. Tava só com a coleção americana na cabeça. SORRY
ResponderExcluirCerto, entendi.
ResponderExcluirEsse essencial me lembra algumas das edições da saudosa TP Especial, que sempre trazia grandes HQs com os patos envoltos em grandes aventuras!!!
ResponderExcluirEstou lendo agora o ED nº13 com o Tio Patinhas. Tá bom demais... Quem mora nas regiões onde a publicação não chega deve partir mesmo para as lojas virtuais. Não dá para ficar de fora de uma coisa dessas...
ResponderExcluirE aqui em Teresina Pi ainda não chegou nem o número 1
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