O Fantasma sempre foi um dos títulos mais populares nas bancas do Brasil. Durante quatro décadas teve uma profusão de lançamentos, entre revista mensal, almanaques, especiais e títulos paralelos, pela RGE/Globo (e Saber, correndo por fora). Isso, até o início dos anos 1990 — período fatídico para os quadrinhos, onde diversos títulos de várias licenciadoras desapareceram e outros, em termos de popularidade, nunca mais foram os mesmos, dada a perda de grande base de leitores de HQs. A Saber ainda lançou, depois disso, algumas edições.
Nos anos 2000, Opera Graphica e Mythos tentaram reanimar o herói em publicações de diferentes formatos e preços (seja luxo, seja pocket), sem sucesso.
A investida mais recente, antes desta, foi da Kalaco, que relançou em 2011 a saga do casamento do Fantasma em capa dura e formato luxo gigante, com preço maior ainda.
O formato ora adotado pela Pixel parece-nos que contentará tanto aqueles que apreciam quadrinhos numa qualidade editorial superior (e é bem o caso aqui) como outros que não dispõem ou não querem dispor de muito dinheiro para adquirir uma revista que, espera-se, tenha certa regularidade de lançamentos (a editora não informa a possibilidade de outros volumes, mas supõe-se que vendas satisfatórias levem a outros).
A Pixel já edita, da mesma licenciadora, RECRUTA ZERO e POPEYE, revistas bimestrais em formatinho.
O FANTASMA — PIRATAS DO CÉU: A SAGA COMPLETA!
Pixel, King Features Syndicate.
Edição especial, formato 17 x 24 cm, 128+4 páginas cor, capa cartonada, lombada quadrada, miolo em couché, R$ 16,90.
Diz a Pixel: Ícone dos anos 30, sendo o primeiro super-herói humano, com objetivos e sentimentos, O Fantasma é o mais novo lançamento da Pixel Media/Coquetel no Brasil. Criado pelo americano Lee Falk (1911-1999), o mascarado The Phantom, como é conhecido no mundo das HQs, combate o crime usando um anel com a marca de uma caveira, duas pistolas M1911 e o lobo Capeto. A sua base é a “caverna da caveira” na floresta de Bangala (nação fictícia habitada por pigmeus Bandar), onde é conhecido como O Espírito que Anda. Diferente da maioria dos outros super-heróis, ele não tem superpoderes, mas uma grande habilidade física e destreza com armas.
As histórias do primeiro super-herói que usou uniforme nasceram em tiras diárias nos jornais dos Estados Unidos, em 1936. Com o sucesso, o Fantasma passou a ser publicado em revistas de quadrinhos, com a republicação das tiras dos jornais.
O escritor Lee Falk introduziu na saga que pode ser encontrada no lançamento inédito da Pixel Media/ Coquetel, duas novas ideias no mundo do HQ: primeiro, o da pirataria aérea, e, segundo, o de uma quadrilha composta só por mulheres.
Em relação ao sexo feminino, o mascarado sempre teve à sua volta belas mulheres. A começar pela aristocrática Diana Palmer — mocinha cheia de libido e pé-frio para cair em encrencas. Porém, foi em “Piratas do Céu” que veio uma fauna de vilãs sensuais, muito bem desenhadas por Ray Moore, que deu forma e contornos às ideias de Lee Falk, trazendo o conceito de femme fatale nas artes gráficas.
Tanto a líder do grupo de “Piratas do Céu”, a implacável Baronesa, quanto a sensual Sala não contavam que se apaixonariam pelo Fantasma. Quando Sala se torna líder do grupo, em “A Volta das Piratas do Céu”, Margo, a segunda no comando, também fica “enlouquecida” pelo personagem. No entanto, quem mexe com o coração do herói é a estonteante Sala.
O FANTASMA
Kit Walker é como o Fantasma é conhecido no meio social quando deixa a selva e viaja como um homem comum. Ele se define nas páginas do frenético “Piratas do Céu” como “um serviço secreto de um homem só”.
Ódio aos ladrões dos oceanos foi sua herança para seus descendentes, que mantiveram imortal o mito do Fantasma, arrebanhando gerações de leitores. Na época de pico do quadrinho, lá pelos idos dos anos 1940 e 50, o vigilante de Lee Falk chegou a ser lido por 100 milhões de pessoas, nas mais variadas línguas, em sua tira diária, iniciada em 1936.
O Fantasma é uma mistura de referências ao Rei Arthur e à Távola Redonda, ao espadachim Zorro e ao guerreiro espanhol Cid.
Sobre o autor Lee Falk
Lee Falk nasceu em St. Louis, Missouri, nos EUA, em 1911, e é conhecido como escritor dos famosos personagens Mandrake e Fantasma. Também escreveu vários livros e teve uma notável carreira no mundo teatral: foi produtor de cerca de 300 peças, dirigiu aproximadamente 100 e escreveu 12. Dirigiu alguns atores famosos, entre eles Marlon Brando. Morreu em 1999.
Sobre o desenhista Ray Moore
Nasceu em 1905 e começou a carreira de desenhista como assistente de Phil Davis (Mandrake), até que foi escolhido por Falk para desenhar as tiras do Fantasma, em 1936. Continuou até 1941, quando foi convocado para servir na 2.ª Guerra Mundial. Moore voltou por um breve período entre 1945 e 1946, mas ferimentos sofridos na guerra numa missão como piloto o impediram de continuar. Morreu em 1984.
Por E. Rodrigues
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Golaço da Pixel, todos esperávamos a tempos a volta do Fantasma. Esperemos agora que seja para ficar. Pena que outros titulos da Pixel estejam sendo cancelados como Brasinha, Riquinho e Gasparzinho. Acho que poderiam lançar uns especiais de vez em quando. Riquinho poderia vir numa revista junto com Brotoeja e Bolota e poderiam juntar o Gaspar e o Brasinha no mesmo Gibi. O Espirito que Anda está de volta.
ResponderExcluirMuito bom,não vejo a hora de chegar nas bancas de São José dos Campos.
ResponderExcluirQue este especial venda bastante e que venham os mensais.
Seja bem vinda família Walker.
Parabéns a pixel. Já comprei a minha revista. Vamos esperar os próximos números.
ResponderExcluirNão digo em relação a conteúdo, mas essa capa ficou muito feia. Arte toda pixelada, quadriculada, enfim, um material tão bom e clássico como esse, merecia um melhor tratamento em termos de arte de capa. Ainda mais pelo preço tão salgado.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
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ResponderExcluirKleiton, fiz uma leitura apressada e totalmente equivocada. Desculpe-me.
ResponderExcluirE. Rodrigues
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirImaginei isso, E. Rodrigues. Tudo ok! Diante disso, resolvi apagar a mensagem anterior com o meu questionamento.
ResponderExcluirJá adquiri o meu exemplar, que me fez relembrar os velhos e bons tempos dos quadrinhos - aos domingos no jornal - tenho ainda hoje alguns exemplares relançados e os livros de luxo. O Fantasma é o meu herói em quadrinhos preferido. Torço para que venham outras edições para relembrar e poder guardar as grandes aventuras. Valeu Pixel. Parabéns para os fãs do herói.
ResponderExcluirAgnaldo Alves - Rio de Janeiro
"O, Ghost who Walks!"
ResponderExcluir"Ó, Espírito que Anda!"
Seja bem-vindo de volta! Seus fiéis fãs o agradecem.
sempre fui fã do FANTASMA, fiquei muito contente do relançamento do Gibi, gostaria de saber se é possivel adquiri-lo pela Internet, pois aqui na minha cidade ainda não chegou, procurei na principal banca da cidade, e o proprietário nem sabia do lançamento. muito obrigado
ResponderExcluirnadirjosedias@gmail.com
Fantasma vai a guerra ja nas bancas
ResponderExcluirVide checklist Variados abr/2014
ResponderExcluirSou fã do FANTASMA e gostaria de saber onde posso adquirir as revistas aqui no Recife.
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